Ex-funcionária diz que Fernando sabia que remédio era proibido na Rússia
Ex-funcionária da família do volante Fernando, com passagem pelo Grêmio, que atualmente defende o Beijing Guoan, da China, Cristiane Teixeira disse ao Esporte Espetacular que o jogador sabia que o remédio que ocasionou a prisão do motorista Robson Oliveira era proibido na Rússia. Segundo ela, uma conversa do atleta com o médico do Spartak Moscou, clube que defendia na época, comprova isso.
Cristiane trabalhava como babá na casa da família e ouviu, segundo ela, o atleta falar que a medicação era proibida em diálogo com a esposa, Rafaella.
"Eu estava na sala brincando com o filho deles quando ele falou que o doutor, médico do Spartak, não poderia passar receita do remédio, pois esse remédio era proibido na Rússia", disse.
Cristiane trabalhou por três anos com a família de Fernando. Ela morou com eles durante nove meses na Itália, onde o volante atuou pela Sampdoria, depois se mudou para Rússia, onde o atleta atuou no Spartak. Desde 2018 ela não trabalha mais com a família.
Robson Oliveira, ex-motorista da família de Fernando, está preso há mais de um ano na penitenciária de Kashira, acusado de tráfico de drogas e preparação para tráfico, por ter entrado no país com duas caixas do medicamento Mytedon, que é legal no Brasil, mas proibido na Rússia. O cloridrato de metadona é utilizado no tratamento de viciados em ópio e heroína, e também para tratar diabetes e dores crônicas.
Robson alega que levava a medicação a pedido da família de Fernando e não sabia que o remédio era proibido na Rússia. A medicação seria para o sogro de Fernando, Willian Farias. Se condenado, o ex-motorista do jogador pode pegar até 20 anos de prisão.
Em nota, a assessoria de imprensa de Fernando reiterou que ele e a família não sabiam que a medicação era proibida.
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