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Já considerado "marcador ideal de Messi", volante Adriano ainda vai à Vila

Volante Adriano, em atuação pelo Santos durante a Libertadores - Ricardo Saibun/Santos FC
Volante Adriano, em atuação pelo Santos durante a Libertadores Imagem: Ricardo Saibun/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

28/04/2020 04h00

Neymar, Ganso, Elano e Zé Love. O quarteto ofensivo do Santos no título da Copa Libertadores de 2011 jogava com tranquilidade na frente, pois sabia que uma dupla de volantes se multiplicava na marcação: Arouca e Adriano.

Enquanto Arouca jogou pelo Peixe até 2014 e deixou o clube após ação na Justiça, no ano seguinte, Adriano, formado nas categorias de base do clube, ficou até 2013, quando estava emprestado ao Grêmio e acertou com o clube gaúcho depois de o Santos não demonstrar interesse em sua renovação. Mesmo assim, Adriano até hoje comparece à Vila Belmiro.

"Eu vou na Vila sempre que consigo. Fico muito lisonjeado de ter começado no Santos e ter feito parte dessa história. Acompanhei muito o Paulo Almeida e o Maldonado e sempre me espelhei neles. Sempre me doei em campo por saber do DNA ofensivo e que isso seria fundamental na defesa", afirmou Adriano em entrevista ao UOL Esporte.

Adriano viveu a melhor fase de sua carreira em 2011. Reconhecido pelo poder de marcação em um time bastante ofensivo, o volante era a esperança dos santistas no Mundial de Clubes daquele ano, quando o Peixe enfrentou o Barcelona. A missão de Adriano seria marcar "somente" Lionel Messi, mas a confiança do torcedor era grande.

Essa história, porém, nunca teve uma resposta: Adriano se lesionou em novembro e ficou fora do Mundial de Clubes. O Peixe acabou derrotado por 4 a 0.

"Foi difícil. Todo jogador sonha em jogar um Mundial, enfrentar o Barcelona, e eu não era diferente. Era novo, tinha jogado todos os jogos da Libertadores, era um sonho, mas Deus sabe de todas as coisas. Fiquei com meus familiares e eles me deram suporte para superar esse momento difícil", lembrou Adriano.

O volante fez mais de 100 jogos pelo profissional entre os anos de 2011 e 2012, mas depois perdeu espaço. Emprestado ao Grêmio (e depois contratado em definitivo), também não se firmou e começou a rodar pelo Brasil: Vitória, Avaí, Novorizontino, Goiás, CRB, Santo André, Portuguesa e, hoje, Imperatriz-MA.

Aos 32 anos, Adriano lembra com carinho de sua passagem pelo Santos e valoriza o título que escreveu seu nome na história do clube.

"Depois do Pelé, a única geração que conquistou foi a nossa. Por isso que, até hoje, quando estou andando na rua sou bem visto pelos santistas. Eles têm um carinho muito grande por mim, pelo que eu fiz pelo Santos e eu fico muito grato com esse reconhecimento", comemorou.

Hoje, Adriano vê crescer outro volante com características parecidas com as dele: Alison. O camisa 5 que começou a temporada como capitão do Santos conta com o apoio do antigo dono da função.

"Acompanho o Alison há muito tempo, tenho carinho grande por ele e as características são parecidas também. Ele conseguiu se firmar e vem em uma crescente. Que ele carregue esse piano por muito tempo no Santos", desejou Adriano.

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