Como é a luxuosa vida de Ronaldinho Gaúcho na "prisão" em hotel no Paraguai
Em tempos de quarentena e isolamento, Ronaldinho Gaúcho também não vai às ruas. A vida reclusa, no entanto, tem outro motivo. O ex-craque, ao lado de seu irmão, Roberto Assis, cumpre pena domiciliar após tentar entrar no país com passaporte falso. Em um hotel na região central de Assunção, capital do Paraguai, o dia a dia da dupla é marcado por luxo e tranquilidade.
Desembolsando aproximadamente R$ 2 mil por dia, o Gaúcho passa as noites na suntuosa suíte presidencial do hotel Palmaroga. Seu irmão fica em uma acomodação igualmente luxuosa e com custo semelhante, mas sem o status de presidencial. Sofrendo com a quarentena em função da pandemia do novo Coronavírus, o empreendimento tem em Ronaldinho e Assis seus únicos hóspedes atualmente.
Sozinhos, os dois circulam livremente pelos corredores. Bem-humorados, conversam com gerentes, recepcionistas e outros funcionários do Palmaroga. A pauta, quase sempre, é futebol e as histórias vividas pelos personagens ao redor do mundo.
No destacado restaurante, faz suas refeições e recebe visitas como a de representantes da embaixada brasileira no Paraguai. Nos últimos dias, recebeu jornalistas da TV local "ABC" (reprodução ao final da matéria) e concedeu sua primeira entrevista desde a polêmica prisão. No discurso, reforçou que não sabia do problema com os passaportes e que só quer contribuir com as autoridades locais.
Com internet Wi-FI liberada no local, Ronaldinho acessa a internet, conversa com amigos, familiares e aproveita até para participar das já famosas "lives" de artistas brasileiros. Nas últimas semanas, entrou - através da chamadas em vídeo - na transmissão de ao menos três grupos de pagode.
Sem qualquer restrição judicial no interior do local que é tratado como "casa" da dupla para os poderes oficiais paraguaios, Ronaldinho e o irmão podem usufruir de todas as áreas comuns do hotel que mistura uma fachada clássica com um prédio mais moderno ao fundo.
Entre as opções, uma bela piscina na cobertura da torre principal, com vista para a capital paraguaia. Segundo relatos, porém, os brasileiros ainda não frequentaram o local. O hotel ainda conta com uma moderna academia, onde Ronaldinho e Assis volta e meia se exercitam.
Pedido por bola e espaço para jogar
De acordo com o gerente do hotel, Emilio Yegros, Ronaldinho só fez um pedindo até agora que não estivesse entre os serviços do hotel: uma bola e um local para "brincar" com a mesma. Uma sala espaçosa do Palmaroga foi reservada para que a vontade do "morador" fosse atendida.
"Ele é gente boa. Faz piadas. Chegou tenso, mas está sempre sorridente agora", completou Yegros em entrevista à um veículo da imprensa mexicana.
Com bola, piscina e academia à disposição, Ronaldinho e Assis seguem no Palmaroga. E ainda sem data para sair. Após depositarem R$ 8 milhões em juízo para trocarem o quartel que servia como prisão pelo hotel que faz as vezes de casa em prisão domiciliar, a dupla só deixará o prédio ao final da investigação ou diante de liminar extraordinária proferida pela justiça local.
Os irmãos "terão custódia permanente e proibições de deixar o país", explicou o Ministério Público do Paraguai ao explicar a decisão pela prisão domiciliar.
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