Ex-Flamengo e Santos aproveita quarentena para terminar faculdade de ADM
Resumo da notícia
- Patrick, ex-jogador de Flamengo e Santos, está no último ano do curso de administração de empresas.
- Atualmente no Red Bull, o jogador aproveita a quarentena para acelerar os estudos e tentar concluir o curso em 2020.
- Em conversa com o UOL Esporte, Patrick contou sobre a rotina e como quer usar o diploma para trabalhar no próprio esporte.
- "Futebol uma hora vai acabar e tenho que ter uma alternativa", discursou o jogador.
- Aos 22 anos, o jogador soma dois gols na Série A2 do Paulistão com o Red Bull, que é o 14º na tabela de classificação.
A carreira de jogador de futebol é difícil e puxada. São raros os casos de atletas que conseguem conciliar os treinos e jogos com um curso superior, por exemplo. Neste período de futebol parado, em virtude da quarentena obrigatória como consequência da pandemia pelo novo coronavírus, alguns nomes usam o tempo livre para estudar, como o meia Patrick, do Red Bull Brasil.
Aos 22 anos, o jogador da equipe de Campinas está no último ano do curso de administração da Universidade Estácio de Sá. Desde os 17, Patrick queria prestar este curso pensando em um futuro pós-carreira, ligado ao futebol, mas com base acadêmica para desenvolvimento profissional. No Rio de Janeiro com a família, o estudo se tornou prioridade.
"Faço o curso desde a época de Flamengo [2016] e continuei assim que fui para o Santos [2018] e depois Red Bull. Faço o curso online, as aulas online e a prova de forma presencial. Estou usando este tempo de quarentena para terminar o quanto antes possível, até o fim do ano", contou, em conversa exclusiva com o UOL Esporte.
Segundo Patrick, a escolha pelo curso de ADM deu-se por conta do gosto pela matemática desde a infância e possibilidade de seguir no meio do futebol com o diploma, atuando como empresário ou dirigente, por exemplo. Desde a base, o jogador sustentava a ideia de levar um curso superior com a carreira profissional.
"Futebol uma hora vai acabar e tenho que ter uma alternativa. Estou sabendo conciliar, mesmo tendo o futebol como a principal coisa da minha vida. É bom se formar em algo que poderá ser importante. No meu caso, administrar algo, ser empresário...quero saber como se faz isso, me ajuda muito a faculdade", diz Patrick, que usa o período noturno para estudar durante a temporada.
"Quero trabalhar no futuro, por enquanto, com algo ligado ao futebol, seria prioridade. A administração te dá um campo grande e conseguiria ficar ligado ao futebol ou buscar outras áreas, claro. Futebol seria prioridade porque jogo desde pequeno, tenho networking e tudo mais", acrescentou o jogador do Red Bull Brasil.
A carreira corrida de profissional já fez o meia perder provas. Entretanto, Patrick conta com o sistema da própria faculdade para facilitar a graduação. De acordo com o jogador, é só avisar com antecedência para trocar a data das provas, atualmente feitas na cidade de Praia Grande, a cerca de 170 km de distância de Campinas, sede do Red Bull Brasil.
Hoje, na quarentena, as aulas do curso de administração ganharam uma atenção ainda maior. Porém, Patrick segue ligado às atividades do time, devidamente passadas antes da paralisação do esporte. O clube de Campinas passou uma série de exercícios físicos para o elenco e acompanha tudo por um aplicativo de monitoramento por um GPS.
Não há previsão para a reapresentação do Red Bull em Campinas ou sequer da retomada do futebol profissional no país, apesar da pressão do Governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante o período de atividade na Série A2 do Paulistão, a equipe somou 10 pontos em 12 rodadas, número que deixa o clube na 14ª posição, a primeira fora da zona de rebaixamento. Patrick, nesta campanha, anotou dois gols, ambos no empate por 2 a 2 com o Sertãozinho, no Moisés Lucarelli.
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