Falcão chega a 1º milhão no YouTube com inspiração no filho e 'novos fãs'
Pouco mais de um ano longe das quadras, Falcão segue com a agenda lotada. Maior jogador da história do futsal, o ex-camisa 12 da seleção brasileira agora participa de eventos, palestras e tem um canal no YouTube, projeto que atingiu recentemente a marca de um milhão de inscritos e que teve, no início, inspiração no filho Enzo, também youtuber.
Depois de emendar o canal "Falcão 12" com a aposentadoria — os primeiros vídeos na plataforma mostram bastidores das últimas partidas do ex-ala como profissional —, o craque aposta em desafios de habilidade e acrobacias com a bola nos vídeos do YouTube. Nada que seja novidade para quem o viu jogar, é verdade, mas que serve para conquistar outros fãs, as crianças, e marca a nova fase na carreira: a do "Falcão do YouTube".
"Eu não faço nada que eu não goste de fazer. Então eu entrei [no YouTube] mesmo porque eu vi que era uma coisa bacana, para conhecer novas pessoas, um novo mundo, uma nova aceitação. Queira ou não queira, é uma sequência de carreira. A molecada hoje vai me conhecer mais pelo YouTube do que pelo que fiz na minha carreira. Isso já acontece", contou o craque, em conversa exclusiva com o UOL Esporte.
"A molecada só fala de YouTube comigo. 'Eu sou inscrito no seu canal', 'acompanho o seu canal', 'aquele desafio que você fez'. Hoje, de 7 a 11 anos 100% falam do YouTube", acrescentou.
Antes de inaugurar a sua própria página, quando ainda levava uma vida de jogador profissional, um fato chamou a atenção de Falcão. O de fãs o abordarem para falar do filho Enzo, dono do canal "Dibradores" com mais dois amigos. Isso marcou. "Eu ainda jogava e o pessoal mandava um abraço para ele [Enzo], citava o canal dele no YouTube. No avião falavam deles, em todo o lugar, isso me chamou a atenção".
Em um primeiro momento da aventura no YouTube, o filho, que já foi convidado do canal do pai, ajudou o o ex-atleta a entender a dinâmica da plataforma, os personagens e a linguagem ideal para este tipo de conteúdo. Hoje, Falcão assegura, está adaptado.
"Sempre tive uma facilidade de falar com o público, e eu me adaptei rápido ao linguajar. Uma coisa é eu saber falar em uma palestra, outra coisa é eu falar com o público do YouTube. Acabou sendo uma coisa natural, tudo aconteceu da melhor maneira possível. Acho que hoje eu peguei o 'fio da meada', o que falar, a hora que falar, e tem sido muito bacana", contou.
Apesar de ter atingido a marca de um milhão de inscritos e ver o projeto crescer, Falcão evita fazer projeções. Até por isso, mantém o ritmo de publicação semanal, o que lhe permite conciliar o canal com os diversos eventos Brasil afora.
Ele acredita que levar as coisas de forma natural aumenta a chance de ter retornos positivos para o produto. Tanto é que, quando questionado sobre as ambições com o canal, o campeão do mundo pela seleção brasileira em 2008 e 2012 ressalta que quer diversão, bater bola com amigos. É o espaço em que se sente à vontade e age de forma espontânea e não abre mão.
"Me divertir [sobre projeções]. A parte negócio, comercial vem à parte. Não dependo só disso. O YouTube para mim é diversão com bola, com amigos, de poder dar risada, poder ser um pouco eu. A parte comercial é natural de uma coisa que faço com gosto. Eu não entrei visando o financeiro, eu não entrei visando o comercial, mas eu descobri que isso é uma consequência de tudo que acontece. Meu foco é me divertir. Acho que quando é assim, natural, automaticamente as coisas complementares vêm", destacou.
Falcão 'reencontra' filho na quarentena e se vira como pode
Sem poder contar com a equipe de produção in loco e a estrutura padrão para gravar seus vídeos, Falcão tem se virado como pode em Sorocaba, no interior de São Paulo, onde mora. Além de manusear as câmeras e se responsabilizar pela parte de enquadramento, ele está utilizando a quadra de futebol society do fixo Rodrigo, capitão do Magnus e da seleção brasileira de futsal, ao lado de sua casa, para gravar. O campo do condomínio também é usado para seguir com o conteúdo e os exercícios físicos.
Como não é possível receber convidados, a saída para continuar com os desafios na quarentena foi caseira: enfrentar o filho. Competição de embaixadinhas, de dar bicicleta, de acertar o travessão, e o pai não alivia. "Os conteúdos continuam muito na linha do que a gente já vinha fazendo, que são tutorias, desafios. Só que de uma forma bem mais reduzida, familiar", apontou Pedro Fogaça, gestor do canal. "No fim das contas, a galera está sentindo falta de ver ação no futebol. E como ele tem esse acesso".
Com os compromissos cancelados — o craque estava com a agenda lotada até julho e praticamente cheia até setembro —, Falcão tem o canal como principal hobby no período de isolamento. E se diz feliz com o momento e o projeto.
"Eu não entro para perder, né? Claro que o intuito é sempre crescer os inscritos, a atenção do público. Talvez eu não esperasse que fosse tão rápido. Mas aconteceu, agora vamos em busca de dois, três, sempre quero mais. Peguei gosto, é muito legal ver os números crescendo, a aceitação do público", finaliza o melhor jogador do mundo em quatro temporadas,
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