Santos cita coronavírus e pede liberação de dívida ligada à venda de Neymar
O Santos pediu à Justiça a liberação de R$ 2,5 milhões bloqueados por uma dívida que tem origem na venda de Neymar do Barcelona para o PSG. O clube brasileiro oferece em troca um imóvel para garantir o pagamento, e alega que a pandemia do novo coronavírus interrompeu suas receitas, e, por isso, corre risco de não conseguir pagar o salário de seus 400 funcionários e colaboradores.
O alvinegro afirma ter uma folha mensal que ultrapassa os R$ 11 milhões, e afirma ter perdido receitas de transmissão da TV Globo, com quem mantem contratos de TV aberta e pay-per-view, e da Turner, com quem mantém acordo de TV fechada.
A dívida tem origem na negociação que levou Neymar do Barcelona ao PSG por 222 milhões de euros. O Santos contratou, na gestão anterior, do presidente Modesto Roma Júnior, uma empresa sediada em Malta chamada Quantum Solutions com a missão de intermediar junto ao clube francês o recebimento dos valores referentes ao mecanismo de solidariedade ao clube formador.
A justificativa, na época, era de que o PSG estava se recusando a realizar o pagamento. A atual diretoria do Santos contesta judicialmente essa versão, e tenta anular a dívida com base no argumeto de que o clube negociou diretamente com os franceses o pagamento dos valores.
O caso ainda tem mais desdobramentos: a Quantum negociou esse crédito com outra empresa, a FK Sports, que tem como sócios empresários ligados a Frederico Pena, da Traffic, e que gerem a carreira de outros atletas. Vinícius Júnior é um deles, e chegou a ser sócio da empresa. É a FK que acionou o alvinegro na Justiça.
Para liberar parte do valor bloqueado, o Santos oferece como garantia um imóvel avaliado em cerca de R$ 1,1 milhão.
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