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'Não há prejuízo em terminar competições em 2021', diz presidente do Bahia

Guilherme Bellintani, presidente do Bahia - Felipe Oliveira / EC Bahia
Guilherme Bellintani, presidente do Bahia Imagem: Felipe Oliveira / EC Bahia

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/05/2020 21h41

Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani declarou que uma possibilidade viável para manter o formato das competições após o retorno do futebol é ceder em relação ao prazo. Na opinião do dirigente, não haveria nenhum tipo de prejuízo se os principais torneios do país fossem encerrados apenas em 2021.

Bellintani argumentou que o mesmo cenário - atividades de 2020 'invadindo' o início de 2021 - deve ser visto em outras áreas da sociedade, como a educação. O presidente do Bahia ressaltou ainda que a manutenção dos formatos originais das competições é fundamental para o cumprimento de diversos contratos.

"A gente tem procurado estabelecer prioridades. A gente sabe que não vamos ter uma solução perfeita em um momento como esse. O que seria a solução perfeita? Manutenção do mesmo modelo de calendário de todas as competições e todas sendo encerradas em 2020. Dificilmente vamos ter essa circunstância, mas estamos prezando pela manutenção do modelo original das competições. Vários contratos, como o da TV, são vinculados aos modelos. Se a gente pensar em mudar o formato, vamos afetar ainda mais todos os clubes. Então nós vamos até o fim para manter o Campeonato Brasileiro em pontos corridos com 38 rodadas, mesmo que tenhamos que ceder por outro lado. Não há prejuízo nenhum em terminar a competição no início de 2021. Isso vai acontecer com diversos contratos, com escolas, com férias. É natural em um momento de ajuste", disse em entrevista ao Expediente Futebol, do Fox Sports, hoje (4).

Impacto financeiro da paralisação

O mandatário da equipe baiana ainda falou sobre o impacto financeiro da paralisação do futebol por conta da pandemia do Coronavírus. Na opinião de Bellintani, os clubes brasileiros estão caminhando para um colapso financeiro.

O presidente ressaltou ainda que as principais fontes de receitas dos clubes, como bilheteria e cotas de TV estão zeradas ou suspensas.

"O impacto é enorme. É um impacto parecido com o de pequenas e médias empresas brasileiras, que estão sofrendo muito já que suas atividades são muito direcionadas a grandes aglomerações. O futebol é muito vinculado a reunião de pessoas, isso faz parte da natureza do futebol. A bilheteria, por exemplo, que é um dos principais canais de arrecadação está zerada desde março, os planos de sócio-torcedores estão em queda, os contratos de TV estão sendo suspensos ou reduzidos. Está muito próximo de um colapso financeiro dos clubes brasileiros. E isso inclui o Bahia", complementou.