Cannavaro vê fracasso da Itália fora da Copa e crise no futebol mundial

Capitão da Itália no tetracampeonato mundial em 2006, Fabio Cannavaro afirmou que ver a seleção de seu país fora da Copa do Mundo em 2018 despertou um sentimento de fracasso. O atual treinador do Guangzhou Evergrande (CHN), porém, acredita que jogadores e federação italiana têm feito um bom trabalho de recuperação para as próximas competições.

O ex-zagueiro declarou ainda que acredita que a crise do futebol não é apenas na seleção italiana e citou Brasil e Argentina como exemplos de seleções que não atravessam seus melhores momentos.

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"O brasileiro também sabe o que significa participar de um Mundial. Para nós foi um fracasso, algo difícil de esquecer. Foi um golpe duro, por todo o movimento. As pessoas estão entendendo. A seleção e a federação estão voltando a fazer um bom trabalho. Mas acredito que a crise no futebol é mundial. A Argentina, com Messi e Aguero já não ganha há muito tempo. O futebol brasileiro já não é o mesmo. Mas foi realmente um golpe muito duro para o futebol italiano", disse em entrevista ao Resenha ESPN, que foi ao ar hoje (8).

Ronaldo acima de outros atacantes

Questionado sobre os grandes jogadores que enfrentou e qual deles foi o mais difícil de marcar, Cannavaro cravou que Ronaldo é incomparável em sua geração. O ex-zagueiro lamentou que o ídolo brasileiro tenha sofrido tanto com lesões durante a carreira.

"Ronaldo foi o jogador que mais me deu trabalho. Não é justo colocá-lo em uma classificação. Porque ele estava em um outro nível na minha geração. Era fenomenal. Foi uma pena que tenha sofrido as lesões. Mas não é justo colocá-lo em uma lista", disse.

Além de Ronaldo, Cannavaro tentou formular uma lista com grandes jogadores que enfrentou, deixando claro que não seria justo colocar Ronaldo no mesmo nível. Os principais destaques de sua classificação foram para o francês Thierry Henry e o português Cristiano Ronaldo.

"Outro jogador que eu lembro que dava muito trabalho foi o Henry. O Cristiano Ronaldo é outro. Na Itália, posso citar alguns outros que enfrentei: Shevchenko, Inzaghi, Ibrahimovic. A sorte da nossa geração é que tínhamos muitos atacantes que eram muito difíceis de serem marcados. Hoje em dia, não são tantos mais", completou.