Cristiane: Volta do futebol feminino será mais difícil do que do masculino
Atacante do Santos e da seleção brasileira, Cristiane foi mais uma a relacionar a volta do futebol feminino à do masculino. Convidada do Jogo Aberto desta sexta-feira, a jogadora, assim como Andressa Alves, acredita que as meninas só voltarão a campo após a retomada das atividades entre os homens.
"Para a gente é mais difícil, porque, teoricamente, a gente depende do masculino. Primeiro é volta deles, depois vão pensar como que vai ser a nossa volta. E eles, nos clubes, têm todo um aparato e uma facilidade para poder avaliar os atletas, e a gente entende que, no futebol feminino, não são todas as equipes que vão ter isso. Infelizmente, eu acho que a gente vai ter um pouquinho mais de dificuldade na hora do retorno", disse Cristiane.
Em relação à seleção brasileira, a atacante elogiou a técnica Pia Sundhage. Citando algumas das mudanças feitas pela treinadora desde a sua chegada, Cristiane afirmou que a a sueca facilitou o trabalho das atletas.
"A Pia vem mudando muita coisa. A gente tem feito reuniões com ela, coisa que não fazíamos anteriormente. Ela faz reuniões em grupos, ou com todo mundo ou só a preparação física conversa com a gente. Ela tem mudado bastante coisa. Tem tentado trazer meninas mais novas para dentro do grupo. Ela usa a experiência que nós temos, sabe o que cada uma pode oferecer, mesmo sendo mais velha, mas ela procura incentivar e mostrar para as meninas mais novas que daqui a pouco o momento é delas. É muito bacana essa mescla que ela vem fazendo", contou a artilheira.
"Eu acho que ela tem uma experiência absurda. Os títulos dela mostram por si só a capacidade que ela tem de trabalhar. Taticamente, ela é muito inteligente. Ela estuda muito. Depois do Renê, ela é a treinadora que mais busca trazer informações para as atletas. Ela praticamente dá no seu colo. Ela facilita a nossa vida", completou.
Cristiane ainda falou sobre a meio-campista Formiga, sua companheira da seleção, que renovou contrato com o Paris Saint-Gemain. Aos 42 anos, a brasileira assinou com o clube francês até junho de 2021.
"A Fu tem que ser estudada. A gente brinca que ela não conta para as coisas, porque ela tem uma genética muito boa. Quando você vai olhar a quilometragem em um treino, ela está passando mais do que quem tem dez anos a menos do que ela. A Fu tem um comprometimento e profissionalismo absurdo. No Paris, ela mostra isso, então eles têm toda essa confiança, carinho e respeito por ela. Eu estou super feliz em saber que a Fu ainda está em atividade, que ela está jogando ainda com a gente na seleção. Isso é uma coisa que a gente tem que admirar e respeitar muito. É importante ter essa experiência dentro do grupo", comentou.
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