Acordo no Flamengo garante anonimato de jogadores que testaram positivo

As testagens positivas de três jogadores do Flamengo para a Covid-19 foram precedidas por um debate entre a cúpula do clube e atletas. Na pauta, o direito ao anonimato e as estratégias a serem seguidas após o diagnóstico.

Os atletas receberam carta branca para agirem da forma que julgassem mais adequada. O trio, em comum acordo com a cúpula do futebol, optou pelo silêncio e ficou pactuado que os nomes não seriam divulgados oficialmente pelo clube.

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Tão logo os resultados saíram, Marcos Braz, vice-presidente de futebol, o diretor Bruno Spindel, e Marcio Tannure, chefe do departamento médico do Fla, iniciaram uma operação para este diálogo com os que testaram positivo.

Todo este processo, no entanto, envolveu todas as principais cabeças do clube. Rodrigo Dunshee, vice jurídico, mapeou as questões referentes ao direito à privacidade do paciente. O Fla não poderia divulgar nomes sem consentimento sob pena de ser acionado.

Com o material de 296 pessoas em mãos, sendo 38 reagentes positivos, o Flamengo também se cercou de cuidados para que os resultados não vazassem, operação considerada bem-sucedida pelo clube até aqui.

Após esse primeiro passo, o Rubro-Negro irá fazer testes rápidos para todos aqueles que não reagiram ao vírus. Único rubro-negro que não passou pela bateria, o uruguaio Arrascaeta é esperado hoje (9) no Rio e também passará pelo procedimento marcado para segunda-feira (11).

Planos suspensos

O Flamengo quer voltar aos treinos e não esconde de ninguém os seus planos. O desejo rubro-negro depende do aval das entidades governamentais, que caminham cada vez mais no sentido de medidas restritivas. O governador Wilson Witzel (PSC) avalia a possibilidade de "lockdown" no Rio de Janeiro, o que inviabilizaria o projeto. A tendência é que uma nova definição sobre as restrições ocorra no início da próxima semana. O Rubro-Negro sabe dos riscos e evita marcar uma data para o retorno.