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Felipe Melo liderou negociação salarial no Palmeiras durante a pandemia

Felipe Melo e Vanderlei Luxemburgo em treino do Palmeiras - Bruno Ulivieri/AGIF
Felipe Melo e Vanderlei Luxemburgo em treino do Palmeiras Imagem: Bruno Ulivieri/AGIF

Diego Salgado e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

09/05/2020 04h00

Felipe Melo não se colocou como líder do Palmeiras só dentro de campo. Durante a paralisação nas competições por causa da pandemia do novo coronavírus, o clube precisou negociar a redução salarial dos atletas para manter a suas finanças em dia. Segundo o treinador Vanderlei Luxemburgo, o hoje zagueiro foi o responsável por conduzir as conversas para entrar no acordo para a diminuição de 25% dos rendimentos.

"O presidente sempre fala comigo. Ele tem dado uma demonstração de como o Palmeiras é grande e como vai passar por isso. Eu falo com o capitão da equipe, que é o Felipe Melo. O documento chegou para eles. Foi uma aceitação unânime que era importante a gente ceder [a redução de salários]. Nada melhor do que retribuir com essa empresa, para que ela passe com tranquilidade por isso", disse Luxemburgo.

Durante esse período, os clubes tiveram de conversar com os atletas para fazer a negociação de redução salarial. No caso do São Paulo, por exemplo, o clube falou com todos do elenco, e propôs uma redução de 50%, sem o pagamento dos direitos de imagem — mas com os jogadores sendo recompensados quando as competições fossem retomadas. Os líderes do time toparam, mas não houve aceitação total e, mesmo assim, a medida teve de ser imposta.

O arquirrival Corinthians precisou negociar com os líderes do elenco para chegar a um acordo. A diretoria teve reuniões com Cássio, Gil, Vágner Love, Ramiro e Boselli para definir a redução de 25% dos salários. O clube já enfrenta dificuldades financeiras e apresentou o maior déficit de sua história (R$ 177 milhões).

No Santos, os atletas tiveram uma redução de 30% dos vencimentos (sendo 15% não reembolsados e outros 15% pagos com parcelamento após o fim da quarentena). A conversa foi com os líderes do time e, inicialmente, o clube chegou a propor redução de 50%, que não foi aceita.

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