Grêmio cobra devedores atrás de R$ 18 milhões por negociações antigas
O Grêmio disparou mensagens nos últimos dias para clubes que ainda devem ao tricolor valores por negociações antigas. A medida visa recolher parte de créditos que chegam a cerca de R$ 18 milhões e envolvem mecanismo de solidariedade, débito ligado ao Clube dos 13 e empréstimo. A inadimplência do Al-Ittihad pela transferência de Marcelo Grohe, revelada pelo UOL Esporte, continua na lista.
A conta do Grêmio soma cinco clubes. Os dirigentes esperam obter algum valor nas próximas semanas, mas são cautelosos ao prever a quantia exata.
Qualquer verba que chegar ajudará. O Grêmio cobra o Fluminense na Justiça por ter emprestado dinheiro em acerto de encerramento de atividades do Clube dos 13, há cerca de sete anos. Ao longo de 2019, os dirigentes gaúchos chegaram a propor acordo por R$ 4 milhões. Agora, a ação é estimada em R$ 6,5 milhões e segue em aberto.
Quem também recebeu notificação do Grêmio recentemente foi o Figueirense. O time de Florianópolis deve cerca de R$ 2,4 milhões pelo empréstimo de Werley. O zagueiro foi cedido com valor pelo contrato temporário e participação do clube catarinense nos salários.
Fora do Brasil, a lista de cobranças tem o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, Tijuana, do México, e Beijing Guoan, da China.
O clube árabe continua devendo duas parcelas da compra dos direitos econômicos de Marcelo Grohe, que deixou Porto Alegre no início de 2019. O assunto foi parar na Suíça, mas a quitação segue pendente. Recentemente, o Grêmio enviou mais uma cobrança.
No México, a dívida é com relação à transferência de Miller Bolaños. O equatoriano, uma das contratações mais caras da história do Grêmio, foi negociado com o Tijuana com pagamento parcelado. Restam prestações em atraso e cláusulas de desempenho que aumentam o valor.
Na China, a cobrança tem ligação com Fernando. O volante, revelado no estádio Olímpic,o trocou o Spartak Moscou pelo Beijing Guoan no ano passado, e o Grêmio tem direito a percentual pelo mecanismo de solidariedade da Fifa.
A busca dos recursos não foi iniciada durante a pandemia do novo coronavírus, mas com a suspensão de jogos e queda de receitas as demandas se tornaram ainda mais relevantes.
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