Time rifa medalha de campeão da Copa do Brasil 2005 para pagar contas
O Paulista de Jundiaí conquistou o maior título de sua história ao vencer a Copa do Brasil de 2005, competição que rendeu inclusive o direito a uma participação na Libertadores do ano seguinte. Mas a situação atual da equipe do interior não é boa, ainda mais com a paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus.
Lutando contra um novo rebaixamento para a quarta divisão estadual, de onde saiu em 2019, o Galo da Japi precisou rifar uma das medalhas de campeão nacional há 15 anos para pagar as contas atualmente.
A rifa teve cem números e foi vendida a R$ 10 no último sábado (8) em Jundiaí. Ou seja, o clube pretende arrecadar R$ 1 mil com o símbolo de seu maior feito.
Em mensagem publicada no Facebook, o clube pediu aos torcedores que façam parte da campanha "pelo resgate" do Paulista. Nos comentários, a iniciativa recebeu críticas.
Um dos torcedores disse que seria melhor fazer réplicas da medalha e vender a preços acessíveis. Outro pediu que o vencedor da rifa devolva a medalha ao time. Mas também apareceram interessados em comprar os números para concorrer ao prêmio.
O Paulista de Jundiaí teve uma escalada forte no fim do anos 1990 e começo dos anos 2000 quando era gerido pela Parmalat. Na época, o clube se chamava Etti Jundiaí, conquistando o acesso para a elite estadual em 2001 e disputando a Liga Rio-São Paulo com os grandes dos dois estados em 2002.
Já sem a multinacional italiana, com o nome original, o Paulista foi vice-campeão da primeira divisão estadual em 2004 ao perder a decisão para o São Caetano. Mas a boa campanha embalou o time para a conquista da Copa do Brasil no ano seguinte.
O caminho para o título nacional foi todo histórico. Eliminou o Juventude, campeão do torneio em 1999 e também um ex-parceiro da Parmalat, passou pelo Botafogo-RJ, Internacional, Figueirense, Cruzeiro e Fluminense.
Na Libertadores de 2006, o Paulista foi eliminado como lanterna na fase de grupos, mas não fez um papel feio. O time saiu com uma vitória, duas derrotas e três empates. Ficou a três pontos do River Plate, time que se classificou na segunda posição e mais tarde eliminaria o Corinthians nas oitavas de final.
Foi justamente o gigante argentino quem perdeu para a equipe de Jundiaí na fase de grupos. Jogando no Jaime Cintra, em casa, o Paulista venceu por 2 a 1 em meio já a uma crise financeira vivida na época.
O Paulista começou a desabar no início da década seguinte com rebaixamentos seguidos da Série B do Brasileiro até a última divisão do estadual. No ano passado, teve um respiro ao ser campeão e conseguir o acesso à Série A-3 do Paulistão superando o Marília na decisão.
Mas a situação não melhorou. Até a paralisação de todas as competições por causa da pandemia, o time segurava a lanterna da Série A-3 com apenas sete pontos conquistados em 11 jogos realizados. Foram duas vitórias, um empate e oito derrotas. O Paulista divide a zona do rebaixamento justamente com o Marília, que tem 11, sendo quatro pontos a mais. O primeiro time fora dela é o Primavera, com 12.
Se o campeonato retornar, como clubes e FPF decidiram mas ainda sem definir uma data, o Paulista terá mais cinco rodadas para tentar tirar esses cinco pontos de diferença e escapar de uma nova temporada na quarta divisão.
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