Conselho interrogou funcionários do Cruzeiro para descobrir irregularidades
Resumo da notícia
- O Conselho Fiscal do Cruzeiro ainda não avaliou os resultados financeiros do clube de 2019
- Paulo Pedrosa, integrante da comissão, diz que só teve acesso às contas referentes ao primeiro trimestre
- Ele interrogou funcionários do clube para descobrir irregularidades durante a gestão de Wagner Pires de Sá
O Conselho Fiscal do Cruzeiro ainda não avaliou os resultados financeiros do clube de 2019. Paulo César Marcondes Pedrosa, um dos integrantes da comissão, informa que só teve acesso às contas referentes ao primeiro trimestre do ano passado e conta que já houve interrogatório com funcionários do clube durante a gestão de Wagner Pires de Sá.
"Nós tivemos acesso somente ao primeiro trimestre de 2019. Tem uma empresa fazendo a auditoria, a Kroll, e não nos passou nada ainda. Só que nós tiramos licença do Conselho Fiscal. Eu e o Nagib Simões, outro conselheiro que está comigo na chapa", disse ao UOL Esporte.
O presidente do Conselho Fiscal revela que houve inspeção em documentos antigos e também que interpelou empregados do setor administrativo para buscar informações sobre irregularidades na gestão passada. Contudo, nega a possibilidade de antecipar informações à imprensa.
"Não dá para falar não. Vocês [imprensa] falaram tanto em cartão corporativo, mas nós estamos debruçados ainda no primeiro trimestre. Nem chegamos a olhar. A gente olha, confere o documento, chama a contadora, chama o departamento pessoal... É muito papel. O que o conselho fiscal olha? 'É o seguinte. Pagou R$ 10 mil para alguém, tem que ter a nota fiscal de prestação de serviço ou de alguma coisa. Está correto?' Chamamos e conversamos com todos os funcionários. Foi uma espécie de interrogatório, entre aspas. Perguntamos e pedimos que eles esclarecessem para nós, se estava tudo certinho, se tinha alguma coisa errada", revelou.
"Olha, o nível dos funcionários do Cruzeiro, da administração, é muito bom. Uma pena que o Cruzeiro demitiu mais de 100 pessoas que precisam trabalhar. Nós não tivemos problemas com nenhum funcionário. Nós pedíamos documentos, eu, Nagib e o Tarcísio [Dionísio Vítor], do Conselho Fiscal efetivo. Então, não tivemos problema de falta de documento, demora de entrega. Esteve tudo nas nossas mãos sobre o ano de 2018. Houve várias ressalvas do Conselho Fiscal, e o documento de 2018 ainda não foi aprovado. Vamos aprovar só após a apuração da Polícia Civil e do Ministério Público", concluiu.
Na eleição para o Conselho Fiscal, ocorrida em 1º de julho do ano passado, Paulo César Marcondes Pedrosa contou com apoio do ex-mandatário e também de Itair Machado, vice-presidente do clube à época. Recentemente, o UOL revelou que ele pode perder o cargo por problemas tributários. O conselheiro tenta também o cargo de presidente do Conselho Deliberativo no pleito do próximo dia 21.
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