Fluminense não demite e caminha na contramão de rivais do Rio de Janeiro
Ao passo que Botafogo, Flamengo e Vasco demitem funcionários para aliviar a crise causada pela Covid-19, o Fluminense anda na contramão dos rivais e foi o único entre os grandes que não precisou cortar no quadro de pessoal para seguir adiante.
Para que empregos fossem preservados, os diretores remunerados toparam voluntariamente reduzir seus salários e o clube foi o primeiro a chegar a um novo acordo salarial com seus jogadores.
Este pacto construído com os atletas e integrantes da cúpula representou cerca de R$ 2,5 milhões em economia, o que deve garantir algum fôlego para que não haja baixas, especialmente entre aqueles que ganham menos.
Além de ter conseguido sobreviver sem grandes traumas neste período de pandemia, o Tricolor ainda anunciou o pagamento de alguns atrasados. Jogadores e funcionários receberam 40% referentes ao mês de março da CLT. Aos prestadores de serviço foram pagos os 15% restantes de fevereiro. Com isso, as dívidas referentes ao segundo mês do ano estão quitadas. Vale lembrar, no entanto, que os jogadores não recebem direitos de imagem desde fevereiro deste ano.
O cenário de aparente tranquilidade não significa que o Flu está em uma situação tranquila. Com uma receita de R$ 265 milhões, os tricolores tem uma dívida que gira na casa de R$ 630 milhões. Os débitos sufocam e o clube tenta ampliar o leque de fontes de dinheiro para conseguir respirar melhor.
Para ter um pouco mais de margem, o Flu conseguiu a suspensão do pagamento do Ato Trabalhista e obteve o desbloqueio de algumas penhoras que dificultavam a vida nas Laranjeiras.
Receita e demissões dos grandes do Rio:
- Botafogo: receita de R$ 191,3 milhões em 2019 e demitiu 45 funcionários
- Flamengo: receita de R$ 950 milhões em 2019 e demitiu 62 funcionários
- Vasco: receita de R$ 215,3 milhões em 2019 e demitiu 50 funcionários
- Fluminense: receita entre R$ 265,9 milhões em 2019. Não demitiu
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