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Para Casão, ação trabalhista de P. André contra Corinthians é ato "leviano"

Walter Casagrande, comentarista do Grupo Globo - Reprodução/TV Globo
Walter Casagrande, comentarista do Grupo Globo Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/05/2020 23h02

Em participação no Troca de Passes, do SporTV, hoje (13), Casagrande criticou Paulo André pela ação trabalhista que o ex-jogador moveu contra o Corinthians, cobrando do clube inclusive horas extras e adicional noturno por partidas disputadas nos domingos e no período da noite.

A ação levou o Corinthians a encaminhar um pedido à Rede Globo, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Federação Paulista de Futebol (FPF), solicitando que os jogos dos clubes não sejam mais realizados nos períodos citados no processo, a fim de evitar novos problemas com a justiça.

"O problema desta cobrança de adicional noturno e hora extra é que abriu uma brecha. [...] É uma situação muito complicada. Os clubes perdem a confiança no jogador e os contratos terão proteger os clubes de alguma maneira. [...] Eu acho que os jogadores têm que pôr a cabeça no lugar ou vai virar uma coisa desonesta. Já é algo que dá margem para dupla interpretação. Não gostei desses processos. Acho muito leviano dos jogadores fazer uma coisa dessas", opinou Casagrande.

A Rede Globo emitiu uma nota oficial rebatendo a posição do Corinthians e reafirmando a importância das partidas noturnas e aos domingos. Para Casão, a intenção do presidente corintiano Andrés Sanchez ao fazer o pedido foi apenas levantar a questão para discussão. O comentarista não acredita que o Corinthians deixe de disputar partidas no 'horário nobre' do futebol.

"O Andrés só quis levantar a discussão. É óbvio que vai ter um acordo e que o Corinthians vai continuar jogando de quarta à noite e de domingo. No mundo inteiro é assim. Quem compra, escolhe o horário para ter mais audiência, para ter mais patrocinadores. Mas teve uma quebra de confiança. Tem muitas ações de salários atrasados, direitos de imagem, prêmios. Esses jogadores entram com ações para ganhar o que estava combinado. Ninguém tinha entrado com pedido para ganhar hora extra e adicional noturno. Isso quebra demais a confiança. [...] Para mim, esta é uma ação que se iniciou traiçoeira, por mágoa. O jogador sai mal de um clube e fica magoado, matutando uma forma de fazer um mal para o ex-clube se utilizando da lei. Acho que é uma quebra de confiança muito perigosa", completou.