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Zinho critica direção santista por cortes de salários: 'Usando o momento'

Jesualdo Ferreira conversa com jogadores do Santos durante treino no CT - Ivan Storti/Santos FC
Jesualdo Ferreira conversa com jogadores do Santos durante treino no CT Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/05/2020 22h20

Comentarista dos canais Fox Sports, Zinho criticou a direção santista pelo corte de 70% dos salários dos jogadores do clube. Na opinião do ex-jogador, os dirigentes, neste caso, aproveitaram-se da situação de caos gerada pela pandemia para justificar a má administração, que é anterior à paralisação do futebol.

"Às vezes, o dirigente se utiliza deste momento de crise total, de desespero, da pandemia, para sua má administração. Espero que isso não aconteça em todos os clubes. Tem que haver diálogo entre diretoria e jogadores. Todo mundo vai perder um pouco neste momento, mas 70% do salário é muito", declarou em participação no Expediente Futebol, do Fox Sports, hoje (13).

Também presente - remotamente - no programa, Leandro Quesada concordou com seu colega. O jornalista questionou como será a relação entre direção e jogadores após esta 'surpresa' da cúpula santista.

"A informação inicial é de que o Santos cortaria no máximo 30% dos salários. [...] Mas alguns jogadores não foram consultados e constataram que receberam apenas parte do valor combinado em seus bancos. A conta foi inversa. Eles ficaram com 30% do salário. [...] Quero ver como vai ser no retorno a relação entre a cúpula que comanda o futebol santista e os jogadores. E o pior é que alguns, ou todos, os jogadores não receberam nem uma ligação do clube avisando do que aconteceria. Foram pegos de surpresa", complementou.

Entenda o caso

Ontem (12), o Santos efetuou o pagamento do salário do elenco santista. O valor depositado foi equivalente a 30% do valor total que os atletas costumam receber, sendo que o acordo entre jogadores e diretoria era de que o corte seria de 30%.

José Carlos Peres, presidente do Santos, chegou a propor o corte de 70% dos vencimentos aos atletas, mas a sugestão foi rejeitada. Ainda assim, ele impôs o novo valor.