Santos mostra números contraditórios sobre funcionários afetados pelo corte
O Santos emitiu uma nota oficial hoje (14) para afirmar que não chegou a um acordo com o elenco sobre a redução salarial e, por isso, depositou apenas 30% dos vencimentos neste mês. Na nota, porém, o clube apresenta números contraditórios em relação aos funcionários que não foram afetados pelo corte.
Em entrevista recente à "Gazeta Esportiva", o presidente José Carlos Peres afirmou que "cerca de 80% dos funcionários não tiveram redução". Na nota oficial, porém, o Santos fala em cerca de 60%.
O corte brusco no salário dos jogadores teve por finalidade não desamparar os funcionários que recebem menos de R$ 6,1 mil, que são maioria no clube: 80%, segundo o presidente, ou 60%, segundo o Peixe. O clube quer passar pela crise sem precisar fazer demissões. Esses funcionários recebem o salário integralmente.
O pagamento de somente 30% do salário pegou os jogadores de surpresa e irritou o elenco. Os atletas tinham um acordo prévio, negado pelo Santos em nota, para uma redução de 30%, como antecipou o UOL Esporte.
Um comunicado foi enviado na última segunda-feira, dia do pagamento feito com atraso, informando a decisão do corte. O presidente José Carlos Peres tinha proposto ao elenco o corte de 70%, mas o grupo rejeitou.
Confira a nota oficial do Santos na íntegra:
"O Santos Futebol Clube vem a público esclarecer que ainda não houve desfecho nas negociações de redução salarial com os atletas, e que, independentemente deste fato, optou por tomar a decisão de efetuar o pagamento parcial de seus respectivos salários referentes ao mês de abril, sob a mesma política adotada para todos os demais funcionários do Clube. As negociações com os atletas seguirão em andamento, com o intuito de encontrar um denominador comum entre as partes.
Diante desta pandemia do novo Coronavírus e todas as complicações por ela geradas, o Santos FC tem feito o possível para atender todo o quadro de funcionários, terceiros e fornecedores. Mesmo em estado de calamidade pública e com importantes receitas suspensas, aproximadamente 60% dos funcionários receberam seus salários integralmente."
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