Alex admite 'ressalvas' com Felipão por não convocação para Copa de 2002
O ex-meia Alex, de passagens de muito sucesso por Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe (TUR), admitiu que tem ressalvas pessoais com Felipão por conta da não convocação para a Copa do Mundo de 2002.
Hoje comentarista dos canais ESPN, Alex negou, no entanto, que tenha mágoas com o treinador e contou os motivos que o levaram a ficar surpreso por não ter sido chamado para a seleção brasileira que conquistaria o pentacampeonato mundial no Japão e na Coréia do Sul.
"Para mim é uma coisa que passou, até porque estamos em 2020. Quando a gente fala da Copa de 2002, a gente tem que contextualizar, não adianta analisar a minha carreira. Tem que analisar o que aconteceu naquele momento. Em março de 2002, teve um amistoso Brasil 6 x 0 Islândia, que marcou a estreia de alguns jogadores que foram à Copa: Anderson Polga, Kaká, Kleberson, Gilberto Silva. Eu estava na seleção desde 1998 e participei de todo o processo que levou o Brasil à Copa. [...] Eu participei de 75%, 80% dos jogos. E quando a gente participa de muitos jogos, a gente joga bem, joga mal. Mas eu tinha uma relação de confiança com o Felipão. fui importante nas Libertadores de 1999 e 2000. Com ele, eu deixo de ser um menino do Palmeiras e me torno a referência do time. Depois de um dérbi em que eu marquei três gols e nós vencemos por 3 a 1, eu tive uma conversa maravilhosa com o Felipão no vestiário e essa conversa seguiu até vésperas da Copa. E vem a convocação e eu não vou. Foi uma grande surpresa", declarou em entrevista ao Troca de Passes, do SporTV, hoje.
Alex elogiou Felipão enquanto profissional, mas garantiu que seu relacionamento com o treinador não foi o mesmo após o episódio.
"Eu costumo dizer que o Felipão, enquanto treinador, é fantástico para mim. Só guardo coisas boas, tenho carinho, respeito e agradecimento enormes por tudo que ele me ensinou e passou no período que me treinou. Eu usei em outros clubes. Mas, enquanto pessoa, sinceramente, eu tenho ressalvas por conta disso", complementou.
Diferença para a Copa de 2006
Após a Copa do Mundo de 2002, Alex voltou a ser convocado com frequência à seleção brasileira e participou do ciclo que classificou a equipe à Copa do Mundo de 2006, mas acabou ficando de fora da competição.
Para Alex, a diferença foi o tratamento de Carlos Alberto Parreira, que o avisou de uma mudança de esquema do time antes da Copa e promoveu testes em alguns amistosos. O ex-jogador contou que não foi bem nas novas funções e, a partir de então, entendeu que havia perdido espaço na seleção.
"Diferente da Copa de 2006, com o Parreira. Mais uma vez, eu participei de todo o processo, mas o Parreira me chamou e disse que queria mudar o esquema, usando o Kaká e o Ronaldinho abertos, com dois atacantes, que seriam o Adriano e o Ronaldo. E eu fui testado nessa posição diferente em amistosos e não vou bem. A partir daí, eu perdi espaço naturalmente E a confiança do Parreira era com o Ricardinho, que jogava bem nessa posição. E tem uma coisa de sorte. Em 2005, eu estava convocado para a Copa das Confederações. Mas eu me machuco e sou cortado. E o Júlio Baptista, meu substituto, vai bem e segue com o grupo. A diferença maior entre 2002 e 2006 é a relação que eu tinha com os técnicos. A relação era maior com o Felipão e eu achei que iria para a Copa", completou.
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