Jordan e mais quem? 10 atletas que competiram em esportes diferentes
Resumo da notícia
- UOL recorda casos de atletas que jogaram mais de um esporte na carreira
- Michael Jordan, que se arriscou no beisebol, é um dos mais emblemáticos
- Paolo Maldini, Adhemar, Falcão e Manoel Tobias também são lembrados
Quem conhece a história de Michael Jordan — ou está conhecendo-a melhor por meio da série Arremesso Final, do Netflix — sabe que o grande astro do basquete também resolveu se aventurar em outro esporte depois de ter conquistado o tricampeonato da NBA pelo Chicago Bulls, em 1993: o beisebol.
Depois de perder o pai em 1993 e anunciar a aposentadoria das quadras meses depois, Michael Jordan surpreendeu o mundo do esporte ao assinar contrato com o Chicago White Sox, da MLB (Major League Baseball), para defender o time afiliado da franquia na terceira divisão do beisebol americano, o Birmingham Barons. Foram 127 partidas e estádios lotados na temporada de 1994 para acompanhar o astro.
No embalo da aventura de Jordan, o UOL Esporte relembra dez casos de outros jogadores que se arriscaram — mesmo que brevemente — em mais de um esporte. Confira:
Danny Ainge (beisebol e basquete)
Hoje executivo do Boston Celtics, Danny Ainge começou a carreira profissional jogando beisebol em 1977, pelo Toronto Blue Jays. Em 1981, optou por trocar de esporte e foi selecionado no draft justamente pelo clube em que hoje trabalha como dirigente. Levantou o caneco pelo Boston nos anos de 1984 e 1986 e ainda defendeu outros três times na NBA: Sacramento Kings, Portland Trail Blazers e Phoenix Suns. Pelo último, também trabalhou como treinador. Vale ressaltar que, durante o período em que esteve no colégio, também jogou futebol americano.
BO Jackson (beisebol e futebol americano)
Bo Jackson serviu como inspiração para Michael Jordan se arriscar em outro esporte. Ele atuou pelo Los Angeles Raiders, da NFL, entre 1987 e 1990, e jogou também por oito temporadas na MLB, principal liga de beisebol, por Kansas City Royals, Chicago White Sox e Los Angeles Angels. Segue sendo o único esportista na história a participar do jogo das estrelas de duas modalidades. Símbolo midiático nas décadas de 80 a 90, ainda participou de séries famosas na televisão — como "Um Maluco no Pedaço" — e virou até nome de jogos de videogame. A expressão "Bo Knows" ("Bo Sabe", em tradução livre), reforçada em campanhas da Nike, tornou-se uma expressão popular.
Deion Sanders (beisebol e futebol americano)
Deion Sanders foi outro atleta citado por Michael Jordan nas entrevistas concedidas pelo astro do basquete assim que anunciou ao mundo do esporte que se arriscaria no beisebol. Foram 14 temporadas na NFL, nove na MLB e um total de nove franquias somando as duas ligas. É o único atleta a ter disputado o Super Bowl (final da NFL) e também o World Series (decisão do beisebol). Foi, inclusive, duas vezes campeão do Super Bowl, em 1995, pelo San Francisco 49ers, e 1996, pelo Dallas Cowboys.
Tony Meola ('soccer' e futebol americano)
Um dos maiores ídolos da história do "soccer" nos Estados Unidos, o ex-goleiro que enfrentou a seleção brasileira nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1994 também já se aventurou no futebol americano. Em 1994, ele ocupou a função de kicker no New York Jets, da NFL, mas foi dispensado antes que o ano acabasse. Além disso, ele também passou pelo futebol indoor e, nos tempos de estudante, tentou virar jogador de beisebol.
Falcão (futebol de salão e de campo)
A história de Falcão, um dos melhores jogadores de futsal da história, é uma das mais conhecidas. Ele resolveu se aventurar no campo e, em 2005, chegou a passar cinco meses no São Paulo. Apesar da empolgação da torcida, acabou não sendo muito aproveitado pelo técnico Emerson Leão e retornou para o futsal. Antes disso, havia passado por um período de testes no Palmeiras em 2001 e ainda chegou a treinar na Portuguesa no ano seguinte.
Manoel Tobias (futebol de salão e de campo)
Um dos melhores jogadores de futsal de todos os tempos, assim como Falcão, Manoel Tobias jogou por quatro meses no Grêmio numa época em que o time principal era comandado por Luiz Felipe Scolari e havia recentemente conquistado a Copa Libertadores de 1995. Ele mesmo admite, porém, que a adaptação não foi a esperada. Chegou até a marcar um gol, numa partida contra o Caxias, mas logo retornou às quadras.
Adhemar (futebol de campo e futebol americano)
Quem não se lembra de Adhemar, atacante do São Caetano que brilhou pelo time do ABC Paulista entre 1997 e 2001, sendo vice-campeão da Copa João Havelange em 2000. Entre outros clubes, passou pelo Stuttgart, da Alemanha. Depois de encerrar a carreira em 2006, chegou a fazer um teste para jogar como kicker do Tampa Bay Buccaneers, time tradicional da NFL, mas problemas burocráticos impediram o acerto. Anos depois, retornou ao São Caetano, mas para jogar futebol americano; defendeu o Blue Birds na Liga Paulista.
Paolo Maldini (futebol e tênis)
Ídolo do Milan, o lendário zagueiro Paolo Maldini pendurou as chuteiras em 2009. Oito anos depois, conseguiu a façanha de estrear profissionalmente em uma nova modalidade: o tênis. Ele teve a oportunidade de disputar o ATP Challenger de Milão na categoria de duplas — foi convidado pela organização depois de vencer um torneio amador. O resultado não foi dos melhores: derrota por duplo 6/1 em apenas 42 minutos de partida. Depois disso, não jogou mais.
Jaqueline Mourão (ciclismo e esqui)
A super atleta brasileira de 44 anos divide a bicicleta com o esqui cross-country e já marcou presença em seis Olimpíadas (quatro de Inverno e duas de Verão). Ela ainda tem a chance de ampliar esse número, uma vez que está perto da classificação no ciclismo para os Jogos de Tóquio, no ano que vem, e também tenta a vaga para o esqui na Olimpíada de Inverno de Pequim, em 2022. A mineira também já chegou a disputar o biatlo nos Jogos de Inverno, prova que combina esqui cross country e tiro.
Marquise Goodwin (futebol americano e salto em distância)
O norte-americano que recentemente trocou o San Francisco 49ers pelo Philadelphia Eagles e foi 'draftado' na NFL em 2013, pelo Buffalo Bills, também já fez bonito nas pistas de atletismo. Em 2015, ele conquistou a medalha de prata no salto em distância nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Três anos antes, havia representado seu país na Olimpíada de Londres de 2012, inclusive chegando às finais da modalidade.
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