"Difícil controlar": Brasileiro explica abraço em gol e problemas na volta
Autor de um golaço na vitória do Hertha Berlim por 3 a 0 sobre o Hoffenheim, uma das partidas que marcaram a retomada do Campeonato Alemão, o brasileiro Matheus Cunha falou ao UOL Esporte sobre a experiência com o reinício após a pausa forçada pela pandemia do coronavírus.
Para o atacante a falta de público foi, sem dúvida, a principal diferença na atmosfera, mas ele contou também sobre a dificuldade na hora do festejo dos gols. Após jogada individual, Cunha viu o bósnio Ibisevic pular sobre seus ombros. Meio sem jeito, Matheus olhou para o colega, mas vê a situação com naturalidade.
"Vai ser difícil controlar esses momentos. Se a gente parar para pensar, o contato ocorre durante os 90 minutos. Independentemente disso, acredito que temos de ser exemplos para a população e, sempre que pudermos, evitar. Por mais que o gol seja o ápice do futebol".
Com três gols em cinco jogos pelo novo clube (ele veio do RB Leipzig), o artilheiro ressaltou que uma série de cuidados foram tomados pela organização da competição, e contou que sua equipe ficou concentrada uma semana antes do jogo de reabertura.
Com a maior média de público dentre as principais ligas da Europa, a Alemanha viveu um sábado diferente em suas modernas arenas. O atleta entende que o cenário é ruim para ambos os times, mas avalia que os donos da casa perdem um ponto positivo valioso:
"É ruim para as duas equipes. Jogar sem o torcedor, que é quem move o futebol, é ruim para o time visitante e também para o mandante. Mas, sem dúvida, o dono da casa acaba perdendo mais sem seu torcedor".
Com 31 pontos ganhos, o Herta de Matheus ocupa apenas a 11ª colocação. Na próxima rodada, a equipe recebe o rival Union Berlim. Com ou sem abraços, o jovem quer manter o bom momento.
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