Libertadores vira segundo plano. Foco são as competições nacionais, diz CBF
Walter Feldman, secretário geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), declarou que a prioridade da instituição é manter as competições nacionais. O dirigente, que participou de reunião com a Conmebol na última semana, disse ainda que as outras federações sul-americanas pensam da mesma forma, deixando a Libertadores e a Copa Sul-americana em segundo plano, por ora.
"Na semana passada, houve uma reunião entre CBF e Conmebol, discutindo a maneira como a Libertadores e a Sul-Americana interferem no calendário brasileiro. São competições mais complexas que as nacionais porque a logística da malha aérea está comprometida. A nossa prioridade absoluta é o calendário brasileiro. Dissemos isso. Evidente que queremos participar da Libertadores e Sul-americana, mas temos convicção de que o que mantém os clubes da elite brasileira são os contratos nacionais. E ouvimos o mesmo da Conmebol, que o esforço das outras nações é por manter o calendário nacional", declarou em entrevista ao Troca de Passes, do SporTV, hoje.
Orientação para o retorno dos treinamentos
Feldman acrescentou que a orientação da CBF no momento é de que, encerrado o período de férias dos jogadores, os clubes retomem as atividades de condicionamento físico remotamente ou em seus centros de treinamento - de acordo com a possibilidade de cada estado.
"Nós paramos tudo e depois começamos a pensar em quando e como poderíamos voltar. São várias reuniões entre CBF, clubes e federações. Agora há uma orientação geral de que os clubes retornem para fase de condicionamento físico e treinamento, em casa ou no centro de treinamento, em um movimento progressivo, esperando que as autoridades de saúde deem as condições de voltar, assim como a Alemanha fez, dando o exemplo para o que podemos fazer no Brasil", complementou.
Partidas em janeiro
Ainda de acordo com o secretário-geral da CBF, não deve haver mudança no regulamento das competições. Feldman acredita que o cenário mais otimista ainda é possível para o retorno do futebol no Brasil. E mesmo neste cenário, as competições de 2020 devem avançar até o fim do ano e, provavelmente até janeiro de 2021.
"Estamos pensando em todos os cenários. Por enquanto, trabalhamos com um cenário otimista e conservador. Ainda há tempo para uma adaptação do calendário, pensando nos campeonatos estaduais, e nos nacionais. Também tem uma discussão com a Conmebol. Já fizemos a adaptação do fim do ano, estendendo as férias para poder usar o período entre o Natal e o Ano Novo. Este período deve estar comprometido neste ano, e talvez algumas datas de janeiro. Se avançarmos para junho, vamos rever este cenário. Mas ainda não pensamos em nenhuma mudança estrutural no calendário, nem em fórmulas dos campeonatos, nem de adaptação ao calendário europeu".
Estaduais como testes
Para Feldman, as competições estaduais devem ser mantidas por dois motivos principais. Primeiro, por serem uma espécie de teste logístico antes de competições nacionais, que exigirão mais protocolos de segurança. Segundo, porque elas impactam o fluxo do futebol nacional, já que a classificação dos times para a Série D é por meio dos estaduais. Contudo, o dirigente afirmou que a decisão sobre as competições regionais cabe às federações de cada estado.
"Nós acreditamos que os estaduais podem ser uma preparação logística. Um retorno mais fácil, com ensaios pós-treinamento sendo feitos com mais cuidado e menos elementos que em um campeonato nacional. Os estaduais nos parecem um instrumento forte para prepararmos o as competições nacionais. [...]Não gostaríamos que nenhum estadual fosse cancelado também porque eles influenciam na classificação para a Série D. No entanto, não cabe à CBF esta decisão", completou.
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