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'Me ofereceram tudo para ir ao Real, menos a faixa de capitão', diz Totti

O ex-capitão e ídolo da Roma, Francesco Totti jogando contra o Real Madrid  - Ronald Martinez/Getty Images
O ex-capitão e ídolo da Roma, Francesco Totti jogando contra o Real Madrid Imagem: Ronald Martinez/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/05/2020 15h24

O ex-atacante Francesco Totti contou, em entrevista à revista "'Libero", que esteve perto de ser transferido para o Real Madrid em 2004. Na ocasião, o clube merengue ofereceu uma série de vantagens ao astro italiano, mas com duas condições: seu salário teria que ser inferior ao de Raúl, que era o capitão da equipe, e o posto de líder do time deveria seguir com o atacante espanhol.

Porém, a identificação com a Roma impediu que o negócio fosse concretizado.

"Digamos que tinha 80% de chances de ir para o Real Madrid. Porém, era o meu melhor momento na Roma, embora seja verdade que Sensi [Franco Sensi, presidente da Roma] teria feito qualquer coisa por mim. Eles pagavam muito. Me ofereceram muito, qualquer coisa. Eu iria ter um contrato de 25 milhões de euros (R$ 156 milhões na cotação atual). Menos a faixa de capitão, porque ali estava Raúl. Raúl era o jogador que tinha de ganhar mais. Era o capitão, o símbolo do Real Madrid e era quem tinha que ganhar mais. Qualquer jogador que chegava tinha que ganhar menos que Raúl", explica Totti.

Perguntando sobre a recusa ao Real Madrid, o campeão mundial em 2006 com a Itália, diz que não recusou o time merengue, mas que "tomou uma decisão de coração", pensando em todas as consequências que isso lhe traria. Totti passou 25 anos na Roma e diz que se sente diferente de outros jogadores que sempre mudam de equipe e acabam escolhendo pelas camisas mais poderosas.

"Não recusei o Real Madrid, penso muito sobre isso. Como disse antes, tinha 80% de chances de ir para lá. Além disso, Ilary [Blasi, sua esposa] dizia: 'Eu deixo tudo, vou contigo, vamos tomar esta decisão'. A decisão foi de coração. Uma decisão pensando nos torcedores, nos amigos, pensando na família. Fazer algo diferente do que sempre faziam outros jogadores. Muitos iam para o Madrid, ao Barcelona, ao Bayern. Me sentia diferente assim. E era bom, e diferente, pois estava sempre com a mesma camisa."

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