Com 4 Copinhas na carreira, meia emprestado diz que vê vaga no Corinthians
Fabrício Oya conhece as categorias de base do Corinthians como poucos. Atleta do clube por nove anos e com quatro edições da Copinha no currículo, o meio-campista vive uma fase diferente na carreira, longe do Parque São Jorge. Emprestado ao Oeste até o fim da temporada, o jogador disse que vê espaço para ele no elenco corintiano.
Em entrevista ao UOL Esporte, Fabrício Oya ressaltou que entende a estratégia corintiana em relação à sua carreira. A ideia é dar experiência ao meia de 20 anos, que tem contrato até setembro da próxima temporada.
"Tenho muito potencial para estar lá, trabalho bastante, acredito muito em mim, tenho total confiança nisso. O que falta mesmo é a oportunidade de estar lá e entrar, mostrar meu futebol, com todo respeito aos profissionais que estão lá. Acredito muito no trabalho do Corinthians, então, tenho paciência, ainda tenho contrato lá. Tenho certeza que vou voltar", disse o jogador.
"Foi uma notícia que não esperava muito, mas acredito na paciência e na visão do Corinthians. Se eles acreditam que isso é o melhor para mim. O Oeste sempre faz boas campanhas, tenho oportunidade de jogar para depois voltar mais maduro", completou Fabrício Oya.
Primeiro empréstimo
Depois de disputar a quarta Copinha e marcar sete gols na campanha corintiana até a semifinal na edição 2019, o meia foi informado sobre a estratégia da comissão técnica comandada por Fábio Carille. Em seguida, ele foi emprestado pela primeira vez e defendeu o São Bento até o fim do ano.
"A comissão veio falar comigo, me explicaram, falaram que era para pegar bagagem, jogar e voltar melhor no ano seguinte. Foi um ano de muito aprendizado, eu saí e vivi fora do Corinthians um pouco. Primeira vez que isso aconteceu, passei minha vida toda no Corinthians, eram nove anos. Foi bom para eu ver como era o futebol fora e aprender", explicou.
O jogador, natural de Campinas, defende o Corinthians desde o time sub-12. No Parque São Jorge, assistiu à ascensão de alguns jogadores da base, como Pedrinho, que foi seu companheiro na conquista da Copinha 2017. Naquele ano, o meia-atacante ganhou chances no profissional e conseguiu se manter no elenco.
"Aos poucos essa mentalidade [de dar chances aos jovens] do clube vem mudando. Tem vários da base no time profissional. A cultura já está mudando, os espaços, aparecendo. A torcida jé vem pedindo mais, espero que com mais paciência. A base do Corinthians é muito vitoriosa. Muitos jogadores servem para estar no time profissional", frisou.
O segredo corintiano na Copinha
Experiente na Copinha, torneio cuja hegemonia é do Corinthians, que soma dez títulos, Fabrício Oya disse que o maior trunfo do clube é o apoio da torcida, que lota estádios e ajuda a manter a tradição. O torneio, segundo ele, é a maior oportunidade para atletas jovens.
"É uma competição muito valorizada. É no começo do ano, quando não tem jogos. Toda visibilidade está nela. É bom torneio para se destacar, fazer bons jogos, pois o profissional do seu clube e até de outros clubes estarão olhando. É um grande campeonato", disse.
Antes de assinar com o Oeste, porém, houve uma sondagem do futebol do Japão. Bisneto de japoneses, Fabrício Oya enxergou com bons olhos a possível transferência, embora fale apenas poucas palavras do idioma com fluência.
"Gostei da ideia de ir para o Japão, de onde vem minha cultura, minha origem. Sigo bastante a cultura por causa dos meus avós por parte de pai. A adaptação talvez não fosse tão difícil. Ainda tenho parentes lá", disse.
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