Possibilidade de Liga dos Campeões em agosto coloca franceses em dilema
A Uefa já informou a Paris Saint-Germain e Lyon que tem a intenção de finalizar a Liga dos Campeões em agosto. São justamente os times franceses que protagonizam o ponto mais delicado na tentativa de conclusão do torneio. O encerramento da temporada do futebol no país faz com que os clubes enfrentem um dilema sobre como e quando voltar aos treinos em meio à pandemia do novo coronavírus.
No momento, PSG e Lyon seguem sem atividades programadas à espera de uma definição sobre a Liga dos Campeões. No caso do clube parisiense, por exemplo, Neymar e Thiago Silva estão no Brasil, ainda sem previsão de retorno à França. Espera-se que as atividades recomecem no mais tardar na segunda quinzena de junho.
"Normal ainda não ter o treino. Eu não sei no que vou focar. É ruim não ter um propósito para isso. Todos no Lyon estão esperando um sinal verde para que possamos jogar", disse o volante brasileiro Bruno Guimarães, em entrevista ao Esporte Interativo.
A ideia Uefa, já discutida entre os clubes participantes, é criar uma "Super Champions" para finalizar rapidamente a disputa. A competição foi interrompida com PSG, Atalanta, Atlético de Madrid e Leipzig já garantidos nas quartas de final. Os confrontos de oitavas de final ainda pendentes eram Real Madrid x Manchester City, Barcelona x Napoli, Lyon x Juventus e Bayern de Munique x Chelsea.
Presidente da Uefa, Aleksander Ceferin avalia ser precipitada a atitude do governo francês de impedir a realização de esportes coletivo no país até setembro. Os argumentos utilizados pelo dirigente são o retorno do Campeonato Alemão, que ocorreu no fim de semana, e dos treinamentos da elite do futebol na Itália, Espanha e Inglaterra.
A posição do governo francês impede Lyon e PSG de atuarem em casa nas fases restantes do mata-mata. Por isso, a ideia proposta pela Uefa de realizar todo o restante do torneio na Turquia, país a sede da final desta edição, é de agrado dos clubes.
Lyon e PSG seguem submetendo seus jogadores a sessões de treinos à distância. No departamento médico dos clubes, há o receio de que a falta de jogos comprometa o condicionamento físico dos jogadores para a possível retomada da Liga dos Campeões.
A postura de PSG e Lyon também passa pela questão econômica. As premiações volumosas da Uefa serviriam para minimizar os danos causados pelo fim da temporada do futebol francês. O jornal local L'Equipe estima que o clube parisiense deixa de faturar cerca de 240 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,44 bilhão) com a decisão do governo francês. O cálculo junta faturamento com patrocínios, bilheteria e direitos de televisão.
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