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Atlético-MG negocia com investidores para obter recursos e quitar atrasados

Elenco do Atlético-MG está há ao menos dois meses sem receber salários - Bruno Cantini/Agência Galo
Elenco do Atlético-MG está há ao menos dois meses sem receber salários Imagem: Bruno Cantini/Agência Galo

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2020 04h00

O Atlético-MG ainda não conseguiu recursos para quitar os compromissos atrasados, mas já negocia com dois de seus principais credores — a família Menin e Ricardo Guimarães — a possibilidade de um novo empréstimos para pagar salários de atletas e funcionários. As conversas estão avançando.

A diretoria tem pelo menos dois meses de atrasos no pagamento dos salários e três de direitos de imagem do elenco. Os demais funcionários do clube tiveram a remuneração parcelada. Foi pago um valor na última segunda-feira (18) e não há previsão para quitar o restante.

A cúpula traça também alternativas para a obtenção de recursos próprios. Uma das ideias é a concessão de três meses gratuitos no programa de sócio-torcedor. O clube tenta fidelizar quem permanece adimplente e também busca atrair novos sócios para aumentar a receita.

A diretoria recorre aos investidores que têm auxiliado o clube nos bastidores desde o início da gestão de Sérgio Sette Câmara, em janeiro de 2018. Rafael Menin, Ruben Menin e Ricardo Guimarães são os responsáveis por fazer empréstimos ao clube.

De acordo com o presidente Sette Câmara, os empréstimos feitos pelos credores variam somente conforme a correção monetária.

"Olha, eu não vou negar que, quando a gente passa um aperto ou outro, a gente busca ajuda do Ricado e do Rubens. O Rubens, não vou falar nada. Um cara que doou um terreno do estádio para o clube e pagou o naming rights da empresa dele por R$ 60 milhões. São pessoas apaixonadas pelo clube e nos ajudam. Os juros que o Rubens cobra do Atlético-MG é zero, só a correção monetária, é o mínimo", disse o mandatário ao Canal do Nicola.

"Ele pode se tornar um credor dentro da situação que temos agora. Não temos receita de televisão, não temos receita de jogador, não tem sócio-torcedor. A verdade é que o futebol brasileiro tem que cair na real. Vamos passar por uma crise nunca vista antes. Não adianta empurrar um dia, dois dias", acrescentou.

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