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Qual o plano do Cruzeiro para não começar a Série B com seis pontos a menos

Saulo Froés é presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro - Bruno Haddad/Cruzeiro
Saulo Froés é presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

20/05/2020 12h24

Resumo da notícia

  • O Cruzeiro ainda não desistiu de evitar a perda de seis pontos na Série B
  • O Conselho Gestor enviou nova proposta ao Al-Wahda para evitar a punição da Fifa
  • A intenção é pagar 10% do valor da dívida - cerca de R$ 600 mil - e adiar o restante

O Cruzeiro ainda não desistiu de evitar a perda de seis pontos na Série B do Campeonato Brasileiro 2020. O Conselho Gestor enviou nova proposta ao Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, com o intuito de evitar a punição imposta pela Fifa.

A intenção dos mineiros é pagar 10% do valor da dívida — cerca de R$ 600 mil — aos árabes e adiar o restante — algo perto de R$ 5,4 milhões — por até 60 dias.

"Pagar uma parte, talvez 10% do valor, cerca de R$ 600 mil, e adiar por mais 60 dias ou dividir de duas vezes. Na verdade, nós queremos resolver o problema. Se eles falarem que concordam, mas tem que pagar 10% e o resto daqui 30 dias, vamos ter que aceitar. Eu falo desde o dia que entramos. Quando você entra em uma situação que você é muito desfavorecido, é muito difícil conseguir acordo", disse Saulo Froés, presidente do Conselho Gestor, ao UOL Esporte.

Para que o Cruzeiro consiga resolver a situação na Fifa, é preciso que o documento assinado pelos clubes seja datado em 18 de maio, dia limite para o pagamento da dívida dos mineiros aos árabes.

Saulo Froés ainda explica quais foram os empecilhos para o Cruzeiro obter um empréstimo e quitar o valor no início da semana.

"Nós estamos tentando, não foi surpresa, tínhamos conhecimento. A gente estava tentando arrumar dinheiro. Tínhamos posição de grupo de investimentos, empréstimo de um banco bem adiantado. Essa dificuldade de nova eleição, quando vai para a comissão superior do banco, acaba não assinando. Ainda veio a pandemia, o banco suspende empréstimo, aumenta juros. A gente não é fábrica de dinheiro, não conseguiu levantar o dinheiro para pagar. Nós sabíamos e estávamos com esperança de conseguir, porque um diretor fala não, outro pondera e a gente consegue reverter", comentou.

"A gente tem que dar razão ao clube lá. Tem cinco anos que existe esse débito e nunca fez qualquer proposta. Se fossem lá no ano passado e fizessem proposta, poderia reverter. Agora, eles estão com raiva, porque acham que o clube é picareta. É um termo que estou usando para você [repórter] entender. E, infelizmente, é. A verdade é essa. A gente explicou para eles que hoje é outra situação, os caras estão a milhões de quilômetros e não quiseram, ficaram irredutíveis", acrescentou.

"Fizemos uma nova proposta na segunda-feira, é um prazo que estávamos pedindo. O prazo para dar 10% e o restante daqui 60 dias. Qualquer coisa que a gente conseguisse era melhor. Infelizmente, não foi possível. E recebemos a notificação. Hoje ainda, o nosso CEO, o Sandro Gonzalez, está conversando com eles e tentando reverter. Não sei se vai dar, porque é uma situação atípica, nova e não temos conhecimentos. Vamos tentar reverter e fazer o acordo", concluiu.

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