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Em meio a rusgas com elenco, Ceni se chateou com dirigente do Cruzeiro

Rogério Ceni teve problemas de relacionamento com o elenco do Cruzeiro em 2019 - Bruno Haddad/Cruzeiro
Rogério Ceni teve problemas de relacionamento com o elenco do Cruzeiro em 2019 Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

22/05/2020 04h00

A forte declaração de Fábio sobre Rogério Ceni fez com que a passagem do treinador pelo Cruzeiro, entre 11 de agosto e 26 de setembro de 2019, viesse à tona novamente. O goleiro revelou que os jogadores se irritaram com o técnico por causa da entrevista coletiva após a derrota por 4 a 1 para o Grêmio. À época, ciente do problema com o plantel, o comandante se viu isolado e sem respaldo na Toca da Raposa II.

Ao perceber que teria problemas com os seus comandados, Rogério Ceni recorreu a Itair Machado, vice-presidente de futebol do Cruzeiro na ocasião. O problema é que o dirigente nunca deu o apoio necessário para que o treinador fizesse mudanças drásticas no elenco.

Depois de sofrer a goleada para o Grêmio no Brasileirão, Rogério Ceni pensou em barrar nomes importantes do elenco, como Edilson e Thiago Neves. Porém, sem o respaldo necessário dos demais comandados e da própria diretoria, o técnico se sentiu totalmente isolado nos bastidores do clube.

O técnico ainda não se manifestou publicamente, mas se sentiu traído pela cúpula liderada por Itair Machado. O grande problema, na ocasião, foi a ótima relação do dirigente com os jogadores. O então vice de futebol não quis confrontar o grupo de atletas com quem tinha bom trânsito, inclusive, fora do cotidiano de trabalho.

O dia anterior à demissão de Rogério Ceni evidenciou o lado escolhido pela cúpula. Depois do empate por 0 a 0 com o Ceará, fora de casa, Dedé discursou contra o técnico no vestiário. Itair Machado, na ocasião, tentou forçar um pedido de demissão do treinador. A justificativa era que ele não tinha mais clima para permanecer à frente do clube.

O ex-goleiro do São Paulo se recusou a pedir demissão e ofereceu trabalhar na Toca da Raposa II de forma gratuita até salvar o Cruzeiro de um eventual rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. A situação, contudo, foi rechaçada pela diretoria, que optou por demiti-lo.

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