Lúcio pede seleção 'coletiva' e não descarta T. Silva e D. Alves em 2022
Para o pentacampeão Lúcio, a seleção brasileira precisa focar no coletivo. Convidado do A Última Palavra de hoje, o ex-jogador acredita que, para voltar a sonhar com um título de Copa do Mundo, todo o elenco precisa ter um objetivo comum.
"Eu acho que o principal, dentro de uma equipe vencedora, é o foco no coletivo. Eu acredito no coletivo. Acho que a seleção brasileira precisa focar e estar ligada no coletivo. O individual faz destaque de jogador A ou jogador B, mas, para ganhar títulos, é o coletivo que faz a diferença. (...) Isso é o que o Brasil precisa: saber administrar melhor o time e todos estarem em um só foco, em um só objetivo. Assim, a seleção pode voltar a sonhar com ganhar títulos", opinou Lúcio.
Em relação à renovação do grupo para a Copa de 2022, no Catar, o ex-capitão da seleção não descarta as presenças dos veteranos Thiago Silva (35 anos) e Daniel Alves (37 anos).
"Conhecendo nomes como Thiago Silva e Daniel Alves, são pessoas muito responsáveis, que, com certeza, dando-se um cuidado muito grande, sem dúvida, conseguem sim. Mas também depende da estratégia do treinador para encaixar esses jogadores", afirmou.
'Faltou experiência no 7 a 1'
Com três Copas do Mundo no currículo, Lúcio acredita que faltou sabedoria à seleção brasileira na derrota para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal do Mundial de 2014. Para o ex-zagueiro, o episódio será uma eterna cicatriz na história do futebol nacional.
"Sem dúvida foi um choque muito grande para todos nós. Eu posso dizer que, naquela situação, faltou experiência e um pouco de sabedoria. (...) O Brasil foi muito inocente e irresponsável, pelo fato de querer resolver logo a situação. Um pouco mais de experiência poderia ter ajudado. Foi uma coisa que, sem dúvida, sentimos vergonha sim. Uma seleção cinco vezes campeã do mundo, que participou de todas as edições dos Mundiais, que fez de tudo para ter uma Copa do Mundo no país novamente... Mobilizou-se o país para que isso acontecesse, e terminar da forma que terminou", disse Lúcio, que completou:
"É uma página que jamais será apagada, e jamais será possível reverter isso. É quase surreal imaginar que o Brasil vá jogar uma Copa na Alemanha e ganhe de 7 a 1 dos alemães lá. É uma cicatriz que vai ficar eternamente no futebol brasileiro".
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