Campello critica candidato do Vasco por acordo com Yaya Touré: "absurdo"
Alexandre Campello, presidente do Vasco, fez críticas a Luiz Roberto Leven Siano, candidato à presidência do Cruz-Maltino, pelo acerto com o volante Yaya Touré. O atual mandatário considerou um "absurdo" falar em nome do clube sem ser membro da diretoria e disse que o acordo é "no mínimo, de se espantar".
Na última semana, o líder da chapa "Vai dar Vasco" garantiu ter um compromisso com o marfinense e vínculo passaria a valer caso ele vença a eleição - que deve ser realizada no fim deste ano. No vídeo, inclusive, há uma mensagem de Touré à torcida cruz-maltina.
"Primeiramente, acho que é um absurdo falar em nome do Vasco sem ser um membro da diretoria ou sem ter a legitimidade para isso. Acho minimamente irresponsável e falta de planejamento contratar alguém sem ter conhecimento da questão financeira, sem ter as garantias de que vai ter recursos para pagar, mas, especialmente, sem ouvir os especialistas, que são os treinadores, os profissionais que avaliam performance" disse, em entrevista à Rádio Tupi.
"Contratar um jogador de 38 anos que está sem jogar para vir a jogar daqui a um ano... Não sei, acho que é, no mínimo, de se espantar", completou.
Posteriormente, Leven Siano utilizou uma rede social para responder a Campello. O candidato ressaltou problemas da atual gestão, como os atrasos salariais e deixar de pagar as parcelas do Profut, e assegurou que vai dar continuidade ao projeto.
"Estou simplesmente fazendo o que todo candidato a presidente do Vasco deveria fazer quando se candidata: evitar assumir a função alegando surpresa e despreparo como ocorreu. Vou prosseguir com meu projeto, mesmo você não apreciando, porque está encontrando respaldo nos melhores mercados do futebol e o Vascaíno poderá democraticamente fazer a sua opção sobre que futuro ele quer para o Vasco", afirmou, em trecho da resposta.
O atual presidente ainda não confirmou se tentará reeleição. No último pleito, ele era vice da chapa "Sempre Vasco", encabeçada por Julio Brant, e foi eleito após uma manobra no Conselho Deliberativo.
A eleição desse ano será a primeira do Vasco no sistema direto, ou seja, no qual o vencedor das urnas se tornará o novo presidente. Até aqui, os pleitos aconteceram de forma indireta: os sócios elegiam a chapa vencedora, que indicava 120 conselheiros. Já a segunda colocada indicava mais 30. Estes 150 eleitos se juntavam aos 150 natos (beneméritos e grandes beneméritos). Os 300 conselheiros realizavam, então, um pleito interno no Conselho Deliberativo e votavam pelo novo presidente.
Veja resposta de Leven Siano na íntegra:
"Presidente, o Vasco é maior que o nosso debate e em nome do sucesso dele e como torcedor é que tenho trabalhado. Acredite, tenho absoluta responsabilidade sobre tudo o que estou fazendo e tenho dito que os meus esforços são para o Vasco independentemente do resultado da eleição.
Há sim irresponsabilidade, mas não em mim. Há na gestão do Vasco. Você acha que está sendo responsável ao: - Não ter pago nenhum salário em 2020? - Acumular quatro vice-presidências? - Deixar o Vasco com a menor receita entre todos os grandes clubes do Rio? - Vender talentos abaixo do valor de mercado? - Tomar empréstimo com empresário de atleta? - Ter as contas reprovadas pelo Conselho? - Deixar de pagar as parcelas do Profut e colocar o Vasco em risco? - Abandonar os esportes olímpicos, paraolímpicos e o basquete? - Demitir professores?
Estou simplesmente fazendo o que todo candidato a presidente do Vasco deveria fazer quando se candidata: evitar assumir a função alegando surpresa e despreparo como ocorreu. Vou prosseguir com meu projeto, mesmo você não apreciando, porque está encontrando respaldo nos melhores mercados do futebol e o Vascaíno poderá democraticamente fazer a sua opção sobre que futuro ele quer para o Vasco"
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