Resultado de reunião de Crivella com clubes mostra 'ganho político' do Fla
O resultado da reunião de ontem (24) entre clubes, Federação de Futebol do Rio (Ferj) e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) pode ser considerado um ganho político do Flamengo nos bastidores. No encontro, ficou alinhado que os treinos podem voltar a partir de amanhã (26) e a possibilidade de o Campeonato Carioca retornar a partir do dia 14.
A cúpula rubro-negra já se movimentava em prol desta retomada das atividades. Desde o início da pandemia de coronavírus, a diretoria já se mostrava favorável à volta e, nos últimos dias, ganhou "aliados" nesta disputa.
O Flamengo foi o último clube a comunicar que estenderia as férias coletivas até o fim de março e, antes disso, discutiu formas de seguir o planejamento inicial de voltar aos treinos no dia 21, buscando, inclusive, exemplos em agremiações estrangeiras. Porém, a movimentação não deu certo.
A diretoria, então, passou a se antecipar e "correr" com alguns trâmites, como a apresentação dos atletas e a realização dos testes para covid-19 - quando foi detectado que três jogadores estavam infectados.
Em meio a isso, a Ferj publicou resolução que deixava a cargo dos clubes a decisão de retomar as atividades, desde que cumprindo o protocolo estabelecido para se evitar o contágio.
Recentemente, o presidente Rodolfo Landim, juntamente com Alexandre Campello, presidente do Vasco, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para colocar à mesa justamente tal pauta. No dia seguinte, o elenco passou a fazer exercícios no gramado do CT Ninho do Urubu, mesmo sem a autorização das autoridades.
Apesar da repercussão, o clube manteve o planejamento de treinos. Vice-presidente Geral e Jurídico, Rodrigo Dunshee afirmou ainda que acionaria judicialmente as emissoras de TV que fizessem imagens dos treinos a partir de hoje, o que não caiu bem, principalmente, na Globo, empresa que havia feito o primeiro flagra.
Em live no último dia 22, Bolsonaro disse que o entendimento dos jogadores sobre o assunto mudou e que agora eles querem retornar ao trabalho, sem citar, no entanto, a fonte desta informação. Ele disse que a decisão estava nas mãos do prefeito do Rio.
"Num primeiro momento, tinha muito jogador que era contra. Agora é um outro entendimento por parte dos jogadores, obviamente sem torcida. Está nas mãos do prefeito Marcelo Crivella isso", afirmou.
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