Topo

Comentarista do SporTV critica postura do Flamengo em volta do Carioca

Flamengo treina sem distanciamento social adequado - Reprodução/TV Globo
Flamengo treina sem distanciamento social adequado Imagem: Reprodução/TV Globo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/05/2020 13h32

A postura do Flamengo em relação tanto à volta aos treinos quanto do Campeonato Carioca incomodou Rodrigo Capelo. Presente no Redação SporTV de hoje, o jornalista criticou a falta de sensibilidade do Rubro-negro em meio à pandemia de coronavírus.

Favorável ao retorno da modalidade, o Flamengo voltou aos treinamentos no Ninho do Urubu na última semana, mesmo sem autorização governamental.

Em reunião, ontem, no RioCentro, os times da Série A do Campeonato Carioca - com exceção de Botafogo e Fluminense - desenharam um planejamento inicial para que a competição seja retomada no dia 14 de junho. Além disso, os clubes conseguiram a autorização para voltar a algumas modalidades de treinos a partir de terça-feira (26).

"Este Flamengo do Rodolfo Landim, principalmente, mas também do Bandeira, é bom de liderar campeonato. Porque, liderar alguma coisa fora de campo, o Flamengo não lidera. O Flamengo está preocupado com uma coisa: o próprio Flamengo. Se o Flamengo precisar jogar sozinho, contra cones, para comemorar os seus títulos e fazer seu investimento render, é isso que ele quer", opinou Capelo.

O jornalista ainda recordou a reunião dos presidentes de Flamengo e Vasco com o presidente Jair Bolsonaro para debater o retorno da modalidade.

"O Flamengo, não só nessa história de coronavírus, mas em qualquer outra, não tem a menor postura coletiva em relação ao futebol. Ele não está nem aí para os outros clubes do Campeonato Estadual. Não só Flamengo, o Vasco também. A gente fala do Rodolfo Landim, mas o Alexandre Campello, que é médico, também estava junto com o Presidente da República, que é outro que não está nem aí para a vida das pessoas", disse Capelo.

Rodrigo ainda recordou os quase quatro mil mortos por coronavírus no estado do Rio de Janeiro e questionou a atmosfera para o retorno do futebol.

"Como você vai comemorar alguma coisa, jogar bola, quando têm pessoas que não conseguiram enterrar pais, mães, avós, tios? Como essas pessoas vão acompanhar futebol? E como você que está pedindo a volta, que quer jogar, não consegue se sensibilizar com essa situação?", perguntou o jornalista, que concluiu:

"Falta um pouco de sensibilidade ao futebol. O Flamengo faz coisas legais. Levou álcool gel e comida para comunidades. O Flamengo faz algumas ações sociais. No Flamengo tem coisa boa sendo feita. Essa vontade de voltar de qualquer maneira é absolutamente desumana. O Flamengo não lidera nada além de uma tabela de campeonato".