Cruzeiro tenta revogar penhora da venda de Arrascaeta para quitar dívidas
O Cruzeiro tenta revogar a penhora realizada sobre o valor envolvendo a venda de Arrascaeta ao Flamengo, ocorrida em janeiro de 2019 e avaliada em 15 milhões de euros (R$ 63,7 milhões à época). O clube se dispõe a contratar um seguro garantia e oferece a sede administrativa, avaliada em R$ 48 milhões, como caução. O valor penhorado é de R$ 6,4 milhões.
A intenção da diretoria é que o valor seja desbloqueado para quitar pendências com o elenco e tributos federais. Há atrasos de dois meses no pagamento de folha salarial ao plantel. A justificativa da cúpula é a "precária situação econômica do clube, agravada pelos efeitos das medidas implementadas para contenção da pandemia da Covid-19, que o deixaram praticamente sem nenhum faturamento em virtude da suspensão de jogos, dos repasses de televisão, do pagamento de patrocinadores e da saída de sócios-torcedores e associados".
O clube prolonga o argumento enviado ao judiciário: "Informa já estar atrasado com sua folha salarial desde o mês de abril, apontando débito atual equivalente a R$ 4.809,95 (ID 236536932), sem falar nas despesas com água, luz, Profut e convênio médico, que elevam seu débito para quantia superior a R$ 5 milhões (ID 236536907) e das porvir".
O juiz federal Bruno Oliveira de Vasconcelos informa que o pedido de liberação do depósito será apreciado após a comprovação do seguro.
O UOL Esporte entrou em contato com a diretoria do Cruzeiro e confirmou a ação do clube na justiça. Há a intenção de revogar a penhora do dinheiro para quitar dívidas. O judiciário aguarda a garantia dos mineiros para liberar o valor retido. A informação foi inicialmente divulgada pela Rádio Itatiaia.
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