Messi revela surpresa com impactos do coronavírus e aborda 'novo' futebol
O argentino Lionel Messi, que voltou a treinar com o Barcelona nos últimos dias, admitiu que ficou surpreso com os estragos causados pela pandemia do coronavírus em todo o mundo.
Em entrevista concedida à Adidas, marca que o patrocina, o camisa 10 do Barça citou as dificuldades de viver e manter os trabalhos diante das incertezas sobre o futuro.
"Houve pessoas que falaram que poderia haver pandemias globais e que elas poderiam acontecer de tempos em tempos. Mas a verdade é que eu não podia imaginar o tremendo impacto que está tendo praticamente em todo o mundo. Não é fácil viver ou trabalhar com tanta incerteza, muito menos diante de uma situação tão diferente e excepcional como essa", falou.
O argentino também avaliou na entrevista as possíveis consequências da pandemia na atuação dos jogadores.
"Todos nos perguntamos quando voltaremos ao trabalho, quando treinaremos e competiremos novamente. Para qualquer jogador de futebol, é essencial manter a concentração quando saltamos para o campo. Há quem diga que essa força mental representa 40, 50 ou até 60% do nosso esporte. Suponho que também dependa de cada atleta individualmente."
"Novo" futebol
Portões fechados e falta de ritmo de jogo são itens discutidos no mundo do futebol para os próximos meses. Messi também opinou sobre algumas mudanças que devem ocorrer em breve.
Sobre a falta de público, o jogador eleito seis vezes como o melhor do mundo considerou a atitude correta diante do atual cenário. "Já tive que fazer isso [atuar sem torcida] em casa e foi muito estranho. Mas é normal que aconteça depois de tudo isso que estamos experimentando, é perfeitamente compreensível", falou.
Por fim, o argentino revelou como tenta manter a forma física nos últimos dois meses, citando que será impossível voltar no mesmo ritmo em que estava no início do ano pelo Barça. Ele também pediu cautela para a remarcação das partidas.
"Apesar de não jogar mais dois jogos por semana, tento treinar todos os dias e fazer os exercícios que nos passam. Não ter o ritmo dos jogos é uma coisa feia, mas é a nova normalidade com a qual temos que conviver. Por isso é necessário que nos preparemos antes de competir novamente", analisou.
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