Boateng pede que atletas brancos protestem por Floyd: Todos podemos ajudar
O jogador Jerome Boateng, do Bayern de Munique, pediu que colegas brancos ajudem a combater o racismo em protestos como os realizados após o assassinato do segurança negro George Floyd, que foi asfixiado por um policial branco nos EUA. "Todos podemos ajudar", disse o zagueiro.
Negro e alemão, Boateng pediu mais apoio às causas raciais em todo o mundo em uma entrevista à rádio alemã Deutsche Welle.
Ele explica que, como atletas, "nossas vozes são ouvidas, temos uma plataforma e temos alcance. Mas acho importante que não se limite apenas às mídias sociais". Ele usou suas redes para protestar contra a morte de Floyd.
"O nome dele era George Floyd. Digam o nome dele. Orem por sua família. Não acredito que aconteceu de novo, mesmo em plena luz do dia e enquanto era gravado", escreveu na legenda de uma foto com o rosto de George Floyd, que Boateng postou em seu Twitter.
Na imagem, está também a frase "Por favor, eu não consigo respirar. Meu estômago dói. Meu pescoço dói. Tudo dói. Eles vão me matar" que foi dita pelo segurança, enquanto era asfixiado pelo segurança e filmado por testemunhas da cena, que pediam para o policial soltá-lo.
Boateng apoiou a campanha realizada na última terça, que postou fotos com a cor preta no Instagram, mas cobrou mais medidas. "Iniciativas como o 'Black Out Tuesday' são muito boas, mas o que realmente precisamos é fazer algo constante e permanente, seja trabalhando com crianças ou apoiando outros projetos de integração. Todos podem ajudar", disse ele.
Ele diz que o fato de companheiros brancos não se manifestarem sobre esse tema não faz deles racistas, mas ressalta a importância da colaboração de todos.
"É claro que seria desejável se eles usassem sua fama para apoiar essa causa. Muitos o fazem, mas acho que ainda há muito espaço para melhorias", refletiu.
Racismo na Alemanha
Boateng falou sobre o crime de racismo em seu país e explicou que "é claro que o racismo também é um problema aqui, está muito presente".
"Nos últimos anos, vimos ataques contra estrangeiros e diferentes grupos religiosos na Alemanha", disse ele.
Cidadão alemão, Boateng contou que sofreu racismo durante sua infância na capital Berlim e como o esporte o blindava desse mal.
"Mas também me lembro que no campo de futebol não importava de onde você veio ou de que religião você era. Jogamos iranianos, africanos, turcos, alemães. Nós realmente não pensamos ou conversamos sobre isso. Era sobre estarmos juntos", explicou.
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