Celso deixa problemas para trás e torce por sucesso de Fred no Fluminense
O retorno de Fred ao Fluminense, oficializado no último domingo (31), poderá promover alguns reencontros e, dentre eles, com o vice-presidente Celso Barros. Ex-mandatário da Unimed, patrocinadora que ajudou o Tricolor na contratação do atacante em 2009, ele indica que as rusgas com o camisa 9 ficaram no passado e torce para que esta segunda passagem do jogador pelas Laranjeiras possa ser tão vitoriosa quanto a de outrora.
A parceria entre Unimed e Fluminense durou 15 anos - entre 1999 e 2014 - e foi através dela que o clube viabilizou o acerto com Fred, que, à época, voltava ao Brasil após ter defendido o Lyon, da França.
"Em 2009, ajudei o Fluminense e o presidente [Roberto] Horcades. Alexandre Faria, que foi do Vasco recentemente, era diretor do Fluminense. Ele era amigo do Fred, ajudou no contato e conseguimos que o Fred acabasse vindo. Naquele momento, ele manifestava um desejo forte de estar perto da filha e acabamos conseguindo fechar. Foi uma negociação difícil, ele tinha, à época, uns 25, 26 anos. Foi um jogador importante no Fluminense neste período todo, principalmente, na conquista do tetra [do Brasileiro]. Um jogador que ficou marcado como grande artilheiro que é. É um dos maiores ídolos da torcida", disse Celso Barro, ao UOL Esporte.
Fred vestiu a camisa tricolor entre 2009 e 2016, mas, no decorrer deste tempo, a relação com Celso Barros sofreu desgastes. Em 2015, o atacante acionou a Unimed-Rio na Justiça para cobrar cerca de 18 meses de direitos de imagem que, na ocasião, estavam em atraso — houve um acordo que girou em torno de R$ 280 mil e o caso foi arquivado em abril de 2018.
Em 2016, quando o atacante se despediu das Laranjeiras, Celso expôs uma ferida aberta. Em entrevista ao jornal Extra, ele disse que "tinha restrições" ao jogador e chegou a afirmar que Fred "sempre quis ser dono do Fluminense". Questionado sobre a volta do camisa 9, o vice-presidente, por outro lado, deu indícios que as polêmicas ficaram para trás.
"Não tenho nenhum problema em conversar com o Fred. Tivemos alguns problemas ao longo desse tempo, que a imprensa sabe. Problemas que ele tinha... Mas não me interessa, neste momento, lembrar nada disso. Ele é um ídolo da torcida e espero que ele possa, efetivamente, render, apesar de estar com uma idade mais avançada. Mas torço para que o projeto possa ajudar o Fluminense a conquistar títulos."
O dirigente ressaltou que o Tricolor precisa acabar com o jejum em relação às conquistas "de expressão" e apontou que o camisa 9 é um nome que pode ajudar neste ponto.
"O Fluminense precisa de títulos neste momento e, quanto mais jogadores com capacidade, melhor. Minha preocupação, hoje, como vice-presidente geral, e desde quando entramos, é que, desde 2012, ganhamos apenas a Primeira Liga. Uma competição que teve apenas dois anos, uma invenção do Peter [Siemsen, ex-presidente do Flu] e do Bandeira de Mello [ex-presidente do Fla]. Último título de expressão foi o Brasileiro de 2012, já se vão oito anos", lembrou.
Apesar do envolvimento na negociação há 11 anos, Celso ressalta que, desta vez, não teve relação com as tratativas.
"Foi uma coisa que a gente discutiu lá atrás, com o Mário, ponderamos algumas coisas, mas, depois, como não estou próximo do [departamento de] futebol atualmente, não tive nenhuma participação".
Sem reaproximação com a atual cúpula
Integrante ativo da chapa encabeçada por Mário Bittencourt, vencedora do último pleito, Celso Barros começou a gestão acumulando a vice-presidência geral e de futebol, porém, está afastado do departamento de futebol desde novembro do ano passado, após desentendimentos com o mandatário sobre a efetivação de Marcão no cargo de treinador do time profissional.
Recentemente, Celso, que é médico pediatra, fez coro ao discurso de Bittencourt sobre as movimentações de Flamengo e Vasco pelo rápido retorno do futebol em meio à pandemia de coronavírus. Ele, por sua vez, afirma que não houve uma reaproximação com a atual cúpula, mas garante estar à disposição do Tricolor.
"Sou vice-presidente geral do clube, eleito juntamente com o Mário. As pessoas votaram, temos esse compromisso com o sócio. Acho que a atitude dele... Não quero discutir aqui porque se não fica dando muito pano para manga (risos), mas estou lá [no clube] na minha posição de vice-presidente. Continuo sempre à disposição do Fluminense e dele [Bittencourt], se ele superar as questões que ele tem. Continuo tranquilo em relação a isso. Tenho grandes amigos no clube, no CT. Quanto a essas outras questões, vejo com naturalidade", avisou.
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