Luxemburgo minimiza racismo no futebol e cobra equilíbrio para retomada
O técnico Vanderlei Luxemburgo minimizou o racismo no futebol. Segundo o treinador do Palmeiras, o tema é complexo e precisa ser analisado dentro de um contexto. Em entrevista ao Estadão, Luxa ainda cobrou equilíbrio no retorno das competições após a paralisação em razão da pandemia de novo coronavírus.
"O futebol não pode estar fora da pandemia. A pandemia faz parte de uma totalidade. Então, não pode um estado liberar e outro não. Temos competições que exigem diversas situações, e a condição física é primordial. Tem que tratar a pandemia de uma maneira geral, para todos. Mas aqui no Brasil cada estado toma suas decisões de acordo com seus interesses. Tem clubes treinando há bastante tempo, e nós estamos respeitando os órgãos de saúde. Eu acho equivocada a liberação para alguns clubes treinarem e outros não. Isso não é legal", disse.
"Você treinar em uma varanda de 10 metros e em um campo é muito diferente. Acho que vai fazer uma diferença, sim. Vamos ter que antecipar etapas. Acima de tudo, estamos tratando de vidas, com seres humanos. Pessoas podem morrer. Não é uma coisa normal", completou.
O treinador analisou, ainda, as manifestações de combate ao racismo ocorridas após a morte de George Floyd nos Estados Unidos. Para ele, o que ocorreu é diferente dos atos em jogos de futebol.
"O que houve lá (nos Estados Unidos) foi brutal, foi uma covardia. Aqui no Brasil existem algumas situações... Tem situações que se trata como racismo que é totalmente desnecessário tratar como racismo. Isso que aconteceu é racismo. Existiu uma ira, uma raiva. Da mesma forma como morreu, morre muito branco também, de formas agressivas, de sacrificar. É complicado, complexo", explicou.
"Eu discuto muito no futebol, que é minha área. Acho que os atos de racismo no futebol são provocados e eu achava que deviam ser deixados de lado. Dão muito prestígio, muita moral à maneira como se trata o racismo no futebol. Nada mais é do que uma bobagem, a meu ver", completou. "Aquilo, sim, (nos Estados Unidos) é puro racismo. Mas no futebol, o cara brincar com o outro, gozar o outro para desestabilizar o camarada, dizer que aquilo ali é ato de racismo, não sei. Mas é uma discussão longa", acrescentou.
Luxa ainda contou que tem encontrado dificuldades para se adaptar ao isolamento social e que acompanha à distância as atividades dos jogadores do Palmeiras.
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