Topo

Kleber recorda problemas com Felipão, mas diz: 'Não tenho nada contra'

Kleber Gladiador em jogo do Palmeiras em junho de 2011 - Edu Andrade/LatinContent/GettyImages
Kleber Gladiador em jogo do Palmeiras em junho de 2011 Imagem: Edu Andrade/LatinContent/GettyImages

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/06/2020 01h00

Atualmente nos Estados Unidos, Kleber Gladiador recordou sua segunda passagem pelo Palmeiras, finalizada em 2011, assim como os problemas com o técnico Luiz Felipe Scolari.

Convidado do Aqui com Benja, programa do Fox Sports, de hoje, o atacante criticou a postura de Felipão na época, mas afirmou não ter nada contra o comandante, que voltou ao Palmeiras anos depois.

"A gente tinha um treinador que, com todo o respeito, vinha na imprensa e dizia 'como que iria ganhar com esse time?', 'eu pedi camarão e me deram não sei o quê'. Era toda semana esse tipo de declaração. Dentro do grupo, isso incomoda. Eu achava que esse tipo de declaração do nosso treinador não podia acontecer. Aí, o que aconteceu? Eu fui comprar briga com um dos maiores ídolos do Palmeiras. Eu não me arrependo de ter me exposto daquela forma", disse Kleber, que completou:

"Eu não falei com o Felipão porque nunca mais encontrei. Eu não tenho nada contra o Felipão. Eu não concordava com o jeito dele fazer as coisas naquele momento. A minha experiência com ele não foi boa, mas não tenho nada contra".

Em relação a uma proposta do Flamengo, o Gladiador negou que tivesse interesse em ser transferir para o rubro-negro, mas aproveitou o momento para pedir um aumento salarial. Segundo o jogador, apesar de jogar sempre, tinha um dos menores salários do Palmeiras.

"Eu não queria ir para o Flamengo. O que eu queria era continuar no Palmeiras. Chegou a proposta do Flamengo, que eu também nunca vi essa proposta. Eles tinham a proposta. Para mim, não chegou. (...) Eu cheguei e falei para aumentarem um pouco o meu salário. Ele (Roberto Frizzo) falou que achava justo, mas para aumentar a partir de janeiro. Eu pedi para assinar agora. Sei que os caras não queriam me dar um aumento", recordou o atacante.

"Aí eu senti a minha posterior, e começou o boato que eu estava dando 'migué' para não jogar o sexto jogo para ir para o Flamengo. Eu senti que os próprios médicos do Palmeiras, talvez por medo da diretoria, não vinham a público falar. Aí começou um desgaste muito grande", seguiu.

O Gladiador ainda cornetou a diretoria alviverde da época, comandada por Arnaldo Tirone:

"A gente, naquela época, tinha diretoria que não tinha condição nenhuma de trabalhar no Palmeiras. Era piada a diretoria que a gente tinha na época para trabalhar num clube como o Palmeiras", opinou.

"O Tironi fugia de mim. Quando a gente foi jogar contra o Flamengo, eu estava na concentração, alguém me falou que o Tironi queria conversar comigo. (...) Qual o problema de assinar? Eu sei como funciona diretoria. Os caras são mentirosos, não cumprem a palavra. Os caras não quiseram fazer porque eles não queriam me dar", complementou Kleber.

Infância corintiana e carinho pelo Palmeiras

Apesar dos problemas em sua segunda passagem pelo time de Palestra Itália, Kleber afirma que, hoje, é palmeirense. Vale lembrar que, quando criança, o atacante era torcedor do Corinthians, e tinha, inclusive, carteirinha da torcida organizada alvinegra.

"Quando eu era moleque, meu pai levava a gente para o estádio. Tinha um carinho muito grande pelo Corinthians quando eu era moleque. (...) Eu gosto muito mais do Palmeiras e do Cruzeiro hoje do que qualquer outro time. Hoje, eu me considero palmeirense e cruzeirense, que são os dois times que eu gosto", falou.