E. Ribeiro, do Fla, diz que esporte tem de falar sobre racismo: "Temos voz"
Após 81 dias sem entrevistas, o Flamengo voltou a realizar uma coletiva de imprensa. Por meio da "FlaTV", o capitão Everton Ribeiro quebrou o silêncio e falou sobre os planos para volta aos campos e a onda anti-racista no mundo.
O capitão disse que tem procurado se informar e disse que tem dialogado muito com William Reis, coordenador do Afroreggae. O camisa 7 abrirá suas redes para que reis faça lives sobre o tema e afirmou que o esportistas têm de se posicionar.
"A gente tem voz para isso. A população nos vê como exemplo, temos a mídia para ser utilizada. Temos de nos preparar e conhecer sobre a causa para se posicionar sabendo o que estamos falando. É aprender para ter o que falar, ter argumentos. O futebol e outros esportes possam dar esse passo para a melhora da sociedade", disse ele, que completou:
"Eu tenho aprendido muito com meu amigo William. Depois que aconteceu aquela tragédia com o George Floyd, todo o movimento se voltou para se falar sobre o racismo. Procuro estar mais próximo agora, aprendendo sobre isso, para que meus filhos e netos possam viver menos isso e a gente possa caminhar para uma sociedade não racista e mais justa".
Ribeiro elogiou os protocolos de segurança adotados no Flamengo e pediu que todos os outros clubes consigam proporcionar tal segurança. O jogador, no entanto, apontou uma certa desorganização das autoridades sobre o assunto.
"Acredito que a gente tem de seguir o que os nossos governantes estão propondo. A gente sabe que está meio confuso ainda. Uma hora flexibiliza, mas na outra trava. Temos de seguir as ordens de cima. Esperamos muito que isso possa passar logo", disse.
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