Santos e estafe de promessa divergem sobre data do contrato e criam impasse
O Santos e o estafe do zagueiro equatoriano Jackson Porozo entraram em rota de colisão nos últimos dias por uma questão contratual. Existe divergência entre as partes em relação à data do fim do contrato do jogador de 19 anos, que ainda faz parte das categorias de base do clube.
Membros do clube entendem que Porozo tem vínculo com o Santos até o fim de 2021, enquanto seus empresários dizem que o contrato chegará ao fim em agosto próximo, com uma cláusula para uma possível renovação até dezembro do ano que vem.
O desentendimento quanto à data acontece em meio a uma insatisfação do seu estafe. Daniel Manouchehri avalia que o clube deu poucas oportunidades ao zagueiro, que já chegou a ser convocado para a seleção principal do Equador.
"Jackson precisa de um clube que ofereça condições para seu desenvolvimento profissional e pessoal. Isso pode ser no Santos ou na Europa. O futuro de Jackson será definido em breve. Nós vamos tomar a decisão com as diferentes propostas em cima da mesa", disse o agente ao UOL Esporte.
A reportagem do UOL Esporte teve acesso ao contrato do jogador que diz que o contrato tem duração até 31 de dezembro de 2021 e, não, até 8 de agosto, data do vencimento do visto de trabalho.
Um trecho do documento diz que "o contrato especial de trabalho desportivo também será prorrogado até 31 de dezembro de 2021, em conformidade com o prazo contratual estabelecido no pré-contrato especial de trabalho desportivo e outras avenças celebrado entre jogador e clube em 20 de fevereiro de 2018".
A reportagem ouviu o Santos, que, por meio de seu advogado, explicou que foi assinado um contrato de trabalho com cláusula de renovação automática, como é feito com os estrangeiros do elenco.
"Todo estrangeiro do Santos, de qualquer time do Brasil, tem um prazo de vigência sempre vinculado ao visto de trabalho. O do Porozo é até 8 de agosto de 2020. A gente assina um contrato de trabalho com cláusula de renovação automática. É a mesma cláusula do Soteldo, do Sánchez, do Uribe, do Ruiz", disse Pedro Felipe, advogado do Santos.
"Não existe [chance de perder o atleta]. Qualquer um pode sair desde que pague a multa. E isso mostra que ele tem contrato vigente. Como foi o caso do Cueva, que precisa pagar uma indenização pro clube", completou.
Uma eventual saída de Porozo, na visão do Santos, configurará um abandono de trabalho, justamente o que aconteceu com o peruano Cueva, que deixou o clube alegando falta de pagamento. O clube santista entrou com uma ação na Fifa para cobrar uma indenização do jogador e do seu novo clube, o Pachuca, do México.
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