Ativismo de Rashford pressionou governo e arrecadou R$ 26 mi na pandemia
Uma campanha liderada por Marcus Rashford pressionou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a estender o programa de refeições gratuitas para crianças desfavorecidas durante o verão no hemisfério norte. A ação foi mais uma da vida do jovem atacante do Manchester United fora de campo. Vindo de uma infância pobre, o inglês de 22 anos tenta usar sua voz para causas sociais.
"Muitas crianças que cresceram onde eu cresci podem sentir que estão presas em um ambiente em que é difícil atingir algo. Eu posso ser esse exemplo para elas. Acho importante que eles vejam a luz. Se eu puder ser exemplo para elas, nunca perderia essa oportunidade", disse uma vez à revista GQ do Reino Unido.
Desde o início da pandemia causada pelo novo Coronavírus (Covid-19), Rashford tem liderado iniciativas para ajudar os mais carentes. O atacante foi um dos criadores do "Players Together", grupo de jogadores da elite do Campeonato Inglês que doou 4 milhões de libras (R$ 26,2 milhões) para o projeto do Serviço Nacional de Saúde britânico que atinge cerca de 250 instituições de caridade por todo o país.
No texto em que serviu como pressão a Boris Johnson, Rashford lembrou as dificuldades que teve na infância. O inglês veio de uma família de cinco filhos sustentados apenas pela mãe Melanie.
"Você sabe quanta coragem é necessária para um homem adulto dizer: 'Não posso lidar' ou 'Não posso sustentar minha família?' Homens, mulheres, cuidadores estão pedindo nossa ajuda e não estamos ouvindo", clamou.
Além da pressão sobre o governo britânico, Rashford chegou a se unir à instituição de caridade Fareshare, que trabalha para aliviar a pobreza alimentar e diminuir o desperdício de alimento no Reino Unido. Na última semana, ele anunciou em seu Twitter ter atingido, ao lado da Fareshare, a meta de 3 milhões de refeições para serem distribuídas às famílias carentes.
"Confiem em mim quando eu digo. Continuarei lutando até que nenhuma criança do Reino Unido tenha que se preocupar com qual será sua próxima refeição. Essa é a Inglaterra em 2020 e as famílias precisam de ajuda", escreveu.
Em entrevista à "Sky Sports", Rashford disse acreditar que a atual geração está mais corajosa para lutar por seus direitos e cobras as autoridades. O atacante do Manchester United usou Raheem Sterling, do Manchester City, como exemplo.
"Agora as pessoas estão dispostas a dar o primeiro passo para serem ouvidas e acho que o primeiro fator importante foi Raheem, quando ele passou por sua situação de abuso racial, como ele enfrentou isso", disse. "Temos que fazer da Inglaterra o que queremos que ela seja. Minha opinião é que é uma coisa de gerações. Gerações mudam e as pessoas melhoram como os humanos deveriam. Sinto que agora, nesta geração em que estamos, não temos medo de nos levantar e sermos levados em conta, e isso é definitivamente uma coisa positiva", opinou.
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