Grêmio encurta lapidação de jovens após 'caso Tetê' e em meio à crise
O Grêmio planeja encurtar o período de lapidação de jovens das categorias de base. Atualmente, o clube tem como conceito lançar jogadores na faixa dos 22 anos. A mudança de estratégia tem ligação com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, necessidade quantitativa e também financeira, mas inclui uma dose de resquício do 'caso Tetê'.
Em 2019, Mateus Tetê foi vendido ao Shakhtar Donetsk por 10 milhões de euros sem ter feito nenhuma partida entre os profissionais do Grêmio.
O Grêmio já baixou diretriz que praticamente veta contratações para o restante de 2020, por conta do plano de contingência financeira. O reflexo promete ser grande na base, com mais jovens promovidos e utilizados por Renato Gaúcho.
A ideia é recorrer aos jovens para compor elenco principal, mas ao mesmo tempo dar rodagem para as promessas e até —eventualmente, ganhar mais ativos para negócios futuros e consequente receita no mercado da bola.
De 2015 para cá, o Grêmio fez o oposto. Trabalhou jovens talentos por anos, como os casos de Arthur e Everton. De olho em retorno técnico e abrindo mão de resposta financeira com negócios logo após promoção dos atletas.
Renato já planejava subir Diego Rosa, Rildo e Elias antes da quarentena. Nas últimas semanas, o Grêmio renovou com outros jogadores e deve ampliar a relação de jovens a serem usados entre os profissionais. Com nomes como Vanderson e até Fabrício, lateral e atacante, respectivamente. O Grêmio orçou cerca de R$ 88 milhões com transferências de jogadores em 2020.
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