STJD defere pedidos de Fluminense e Botafogo e adia volta do Carioca
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) deferiu em partes uma liminar reivindicada por Fluminense e Botafogo para adiar suas partidas no retorno do Campeonato Carioca. Os clubes pediram datas do dia 1 e 4 de julho, e o Tribunal adiou as próximas duas rodadas para "a partir dos dias 28 (4ª) e 1 (5ª).
A decisão anula a anterior do TJD/RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro), que mantinha as datas da Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro).
Na prática, a decisão adia os jogos por seis dias, já que Flu e Bota tinham compromissos marcados para o dia 22. O Tribunal não entrou no mérito dos acontecimentos de sábado (19) até hoje (23), quando se encerrou a mediação dos clubes com a Ferj feita pelo STJD em parceria com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O Fluminense avaliará com comissão técnica, fisiologia, fisioterapia e departamento médico se seus jogadores estão aptos fisicamente para entrar em campo antes do dia 1, pedido que foi feito ao STJD. O Botafogo também vai analisar o caso mais detalhadamente após a decisão do tribunal.
A Ferj precisará, então, adiar em pelo menos um dia o compromisso do Alvinegro, antes marcado para o dia 27, o que deve acarretar em outras mudanças na tabela.
Estas datas chegaram a ser sugeridas durante a mediação pelo presidente do Vasco, Alexandre Campello. A sugestão do médico, um meio-termo, entretanto, não chegou a ser deliberada por Rubens Lopes, presidente da Ferj, para votação.
Relembre a polêmica pelo retorno do Estadual
O Campeonato Carioca reiniciou no dia 18 com a vitória do Flamengo por 3 a 0 sobre o Bangu, em jogo sem público nem transmissão no Maracanã. No dia seguinte, Portuguesa e Boavista empataram sem gols no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. A partir daí, tudo parou.
Contrários ao retorno, Fluminense e Botafogo voltaram aos treinos apenas nos dias 19 e 20, respectivamente, e pediram 15 dias de treinamento para voltar a jogar por questões físicas, o que foi corroborado por André Pedrinelli, médico do esporte da USP (Universidade de São Paulo) na reunião de mediação.
No encontro, o especialista afirmou que é necessária uma semana de treinos para cada mês parado para evitar lesões e dar condições mínimas de segurança e saúde aos atletas, principalmente em tempos de pandemia.
A Ferj, entretanto, não ouviu Pedrinelli ou Campello e bateu o pé pela data já marcada (22). Os clubes, por outro lado, cederam para o dia 30. Não houve acordo, o que gerou a apreciação das medidas inominadas impetradas por Bota e Flu e deferidas em parte pelo STJD.
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