Burnley diz que identificou responsável por faixa racista em jogo do Inglês
A direção do Burnley disse que identificou os torcedores responsáveis pela faixa racista exposta por um avião antes do jogo contra o Manchester City, na segunda-feira, pelo Campeonato Inglês. Segundo o executivo-chefe do clube, Neil Hart, os aficionados serão proibidos de frequentar o estádios.
"Estamos enojados e envergonhados com isso", admitiu Hart. "Fiquei com nojo, essa é a palavra que eu usaria. Fiquei com vergonha quando vi a faixa sendo exposta", completou.
Uma faixa com os dizeres "White Lives Matter Burnley" (Vidas Brancas Importam, Burnley) foi exibida no céu do Etihad Stadium, por um avião, antes do duelo da 30ª rodada. O ato racista ocorreu exatamente quando os jogadores faziam o movimento contrário. Com camisas apoiando o movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) e de joelhos, os atletas de ambos os times aguardavam o início da partida.
Segundo o diretor, os responsáveis por pagar o avião estão 100% identificados e pagarão pelo ato. "Não é o que queremos em nosso time de futebol, em nossa cidade ou em nosso país", acrescentou Hart.
A polícia de Lancashire anunciou ontem que abrirá uma ampla investigação sobre a exibição da faixa.
Burnley é uma antiga cidade industrial e de mineração do norte da Inglaterra e, em julho de 2001, foi palco de conflitos raciais. A cidade foi responsável por uma grande quantidade de votos para o partido de extrema-direita British National nos anos 2000.
A expressão que sobrevoou o estádio é utilizada por grupos de extrema-direita que são contrários ao movimento "Black Lives Matter".
Em unanimidade, os jogadores dos vinte clubes da primeira divisão ajoelham-se como forma de homenagem a George Floyd e o combate ao racismo, além dos clubes terem substituído o nome dos jogadores pela mensagem "Black Lives Matter" nas costas de seus uniformes.
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