Um ano após acusar Neymar, Najila Trindade se isola: 'Um sofrimento atroz'
Najila Trindade quer apagar seu passado. Há um ano, a modelo acusou Neymar de tentativa de estupro, na França. Posteriormente, o inquérito foi arquivado. Mas agora busca o isolamento e lamenta a maneira como foi tratada.
"Foi desgastante e desrespeitoso não só pra mim, mas pra minha família também. Um sofrimento atroz. Cheguei na exaustão do meu físico, emocional, psicológico e principalmente espiritual. Me quebrei e me quebraram por inteiro. Queria dissipar tudo aquilo que estava sentindo e acontecendo, pois foi pesado demais. Precisava de um reset para me reencontrar. Fiquei perdida e confusa. E então, me isolei completamente", disse em entrevista ao Extra.
A modelo convive com insônia e, em tempos de isolamento social, divide-se entre atividades escolares do filho, treinos para manter a forma e tarefas domésticas. Para evitar a lembrança do caso, ela deletou sua conta no Instagram (as existentes não são dela) e mantém apenas um perfil no Twitter.
"Foi a fase mais difícil da minha vida, embora eu já tenha sofrido antes com abusos físicos e psicológicos. Esse foi, com toda certeza, um período de muita brutalidade e escrutínio público, que me coagiu e aprisionou a sentimentos e emoções extremamente sombrios e negativos", disse.
"Na verdade, a sociedade é assim. Tiram a nossa voz, nos calam, nos culpam e nos fazem parecer loucas por não aceitar situações que nos machucam, e isso acontece há séculos", completou.
Aos 27 anos, Najila entende que sua função pública agora é se manifestar em apoio às mulheres que sofrem abuso. Sobre Neymar, ela sequer fala.
"Hoje entendo a razão pela qual milhares de mulheres se calam e se submetem a determinadas situações. É um sentimento de impotência perante todo um sistema. É preciso muita força, coragem, e até mesmo uma dose de loucura, para enfrentar tudo isso. E, infelizmente, nem todas têm ou conseguem", disse.
"Sempre fui honesta com as minhas emoções, tenho o espírito livre e assim ele permanecerá. Enfim, a luta é diária e eu não tenho medo de lutar. E só para não esquecer: meu corpo, minhas regras. Isso ninguém vai mudar", finalizou.
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