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Inter e Taison voltam a 'namorar', mas pandemia e crise dificultam retorno

REUTERS/Andrew Yates
Imagem: REUTERS/Andrew Yates

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

27/06/2020 04h00

Internacional e Taison voltaram a flertar e sonhar com reencontro no estádio Beira-Rio. Em reta final de contrato no Shakhtar Donetsk, o meia-atacante reiterou desejo de voltar ao Brasil e chegou a receber mensagens de Eduardo Coudet, atual treinador do clube gaúcho, para falar sobre o futuro. A diretoria, antes da pandemia do novo coronavírus, havia tentado negócio. Agora, a volta é considerada mais difícil.

Aos 32 anos, Taison deu entrevistas em série nos últimos dias repetindo o plano de se aposentar no Inter. Em abril, o UOL Esporte mostrou que a diretoria levou o papo adiante e não conseguiu fechar acordo.

Durante a quarentena, o namoro voltou. Coudet fez contato por mensagem.

"Trocamos mensagens mesmo. É um jogador que representa muito para o Inter, um grande jogador. Claro que gostaríamos de ter ele aqui. A gente sempre consulta, vê. Além de grande jogador, ótima pessoa. Não sei se ele vai estar aqui em 2021 e nem se eu vou estar aqui (risos). Tomara que o destino nos una", disse o treinador do Internacional.

Nos bastidores, o Inter assegura que não tem tratativas em andamento com Taison. E chega a se incomodar com a projeção, pela dificuldade financeira. Com os cofres vazios, o clube sequer admite tratar de um retorno agora.

Taison tem contrato na Ucrânia até a metade de 2021. Para chegar ao Beira-Rio antes, precisa de liberação dos dirigentes — que historicamente nunca aceitaram abrir mão do camisa 7.

Além do aval para voltar ao Brasil antes, ou até mesmo em julho do ano que vem, é preciso discutir valores. O salário de Taison na Europa é tratado como "três vezes acima do possível" na atual realidade do Internacional.

"Vou incomodando e vendo quando um grande jogador pode nos ajudar", brincou Coudet.

Taison apareceu no Inter em 2008, com Tite, e deixou o Beira-Rio em 2010. Depois de dois anos no Metalist, assinou com o Shakhtar Donetsk e já recebeu propostas da Itália, Espanha e Inglaterra para deixar a Ucrânia. No Brasil, o Corinthians sondou o jogador recentemente.