Em meio a protestos e 8 gols, Botafogo goleia na volta ao Carioca
O Botafogo venceu a primeira partida oficial que fez em pouco mais de três meses depois da paralisação por conta da pandemia de coronavírus. O Alvinegro goleou a Cabofriense na manhã de hoje, no Nilton Santos, pela Taça Rio, por 6 a 2. Pedro Raul (duas vezes), Cícero, Bruno Nazário, Luis Henrique e Caio Alexandre marcaram para o Bota, enquanto Emerson Carioca e Diego Sales, de pênalti, descontaram.
Contrário à retomada do futebol neste momento, o clube protestou antes e durante os 90 minutos. Os jogadores entraram em campo com faixa que pedia respeito às vidas, ajoelharam-se já com a bola rolando em menção à luta contra o racismo e foram comandados pelo auxiliar Renê Weber. O técnico Paulo Autuori acompanhou o jogo da tribuna em protesto à punição que recebeu.
Com a vitória, o Botafogo vai a sete pontos no Grupo A da Taça Rio, na segunda colocação. Empatado em pontos com o Boavista, o Alvinegro leva vantagem nos gols pró (9 a 5). A Cabofriense segue sem pontuar no segundo turno do Campeonato Carioca.
O melhor: Pedro Raul
Além dos dois gols no jogo de hoje, o atacante Pedro Raul teve um desempenho muito bom no Nilton Santos. Com muita movimentação, deu opções para os companheiros e confundiu a zaga rival.
Autuori 'protesta da tribuna'
Punido por declarações contrárias ao retorno do Campeonato Carioca e à Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, o técnico Paulo Autuori não dirigiu o time do Botafogo no jogo de hoje. A missão ficou a cargo do auxiliar Renê Weber, já que Autuori quis marcar sua posição, ainda que o Bota tenha conseguido reverter a suspensão no STJD e ele estivesse liberado para dirigir a equipe.
Um de máscara, outro...
Auxiliar do técnico Autuori, Renê Weber acompanhou o time à beira de campo e usou máscara durante o jogo. Já Luciano Quadros, da Cabofriense, não utilizou o adereço para orientar seus jogadores.
Botafogo controla e sente cansaço
O Alvinegro oscilou como um time que estava parado, mas controlou a maior parte do jogo. Sem o ritmo ideal, a equipe saiu em vantagem logo no começo e isso facilitou. Aos poucos o meio-campo, que contou com Cícero vindo de trás e atuando como um líbero, criava jogadas e acionava o pessoal da frente.
Foi assim que se destacou Pedro Raul e que a goleada foi construída. Ainda que tenha vencido, o time demonstrou cansaço, natural da ocasião. Houve cãibras, passes simples errados e algumas substituições.
Cabofriense tenta, mas falta gás
Depois de praticamente começar em desvantagem, e ir para o intervalo dominada, a Cabofriense voltou para o segundo tempo ligada. Tanto é que marcou dois gols, viu o placar apontar 3 a 2 e ameaçar a vitória alvinegra. Mas faltou gás. Sem força, a equipe ficou na roda e "aceitou" os gols do time mandante.
Cronologia do jogo
Pedro Raul abriu o placar aos 3 minutos do primeiro tempo. Aos 28, Cícero arriscou da intermediária e ampliou. Na etapa final, a partida esquentou. Emerson Carioca diminuiu aos 4, Pedro Raul foi às redes novamente aos 8.
Diego Sales, de pênalti, fez o segundo dos visitantes. Bruno Nazário, aos 29, e Luis Henrique, aos 34, aumentaram a vantagem. Caio Alexandre, aos 44, fez um golaço e fechou a conta.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 6 X 2 CABOFRIENSE
Data: 28 de junho de 2020, domingo
Horário: 11h (de Brasília)
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
Árbitro: Rodrigo Carvalhães de Miranda
Auxiliares: Luiz Claudio Regazone e Michael Correia
Cartão amarelo: Cícero (Botafogo)
Gols: Pedro Raul, aos 3', e Cícero, aos 38 minutos do primeiro tempo; Emerson Carioca, aos 4', Pedro Raul, aos 8', Diego Sales, aos 15', Bruno Nazário, aos 29', Luis Henrique, aos 34', e Caio Alexandre, aos 44 minutos do segundo tempo.
BOTAFOGO
Diego Cavalieri; Marcelo Benevenuto, Ruan Renato, Danilo Barcelos; Cícero (Luiz Otávio), Alex Santana (Caio Alexandre), Honda, Bruno Nazário (Lecaros); Luis Henrique, Luiz Fernando (Fernando) e Pedro Raul. Técnico: Renê Weber (auxiliar).
CABOFRIENSE
George; Watson, Lucas Cunha, Fábio Amaral, Luan (Uelliton); Victor Feitosa, Gama (João Pereira), Kaká Mendes; Diego Sales (Fabiano), Emerson Carioca e Pedrinho Menezes (Natan). Técnico: Luciano Quadros.
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