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Redução irrita parte do elenco e SPFC vai discutir salário com jogadores

Executivo de futebol Raí e presidente Leco em treino do São Paulo no CT da Barra Funda - Marcello Zambrana/AGIF
Executivo de futebol Raí e presidente Leco em treino do São Paulo no CT da Barra Funda Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

28/06/2020 04h00

A crise financeira consequente da pandemia do novo coronavírus vai entrar na pauta do São Paulo nos próximos dias. Apesar de a rotina de treinos ser retomada pelo clube a partir do dia 1º de julho, os jogadores ainda não vão receber os seus salários de maneira integral. A situação incomoda parte do elenco, de acordo com a apuração do UOL Esporte.

Nos próximos dias, os dirigentes devem aproveitar que as atividades serão realizadas no centro de treinamento do clube para discutir com a situação com os atletas. Logo no início da quarentena, em março, o Tricolor paulista chegou a oferecer a redução de 50% nos vencimentos dos jogadores, sendo que esse valor descontado seria ressarcido no futuro. Nem todo o time aceitou a proposta.

Por isso, o São Paulo se viu obrigado a fazer o corte de maneira unilateral ao time profissional. Os funcionários do clube também tiveram os seus vencimentos reduzidos, sem a promessa de compensação futura.

Alguns jogadores reclamaram que o corte foi maior ainda do que o esperado, com o pagamento de apenas 20% do total em carteira. Agora, a tendência é de tentar equiparar a situação do time profissional e mostrar qual é a projeção de receitas a serem recebidas pelo São Paulo nos próximos meses.

Antes mesmo da pandemia, o São Paulo já enfrentava um período turbulento em suas finanças. O clube chegou a atrasar os salários em carteira dos jogadores e dois meses de direitos de imagem estavam em aberto. O clube fechou 2019 com um déficit de R$ 156 milhões.

Até mesmo por isso, havia a recomendação expressa do Conselho de Administração para que a receita do departamento de futebol fosse reduzida em 2020. Nas últimas semanas, o órgão cobrou rigidez dos responsáveis pelas finanças e pela equipe profissional. Por isso, não chegou a ser descartada até a hipótese de redução de salários até o fim deste ano.

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