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'Tem protocolo mágico aqui que tem que levar para a OMS', ironiza Casão

Ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Júnior, na Rede Globo, em São Paulo, em foto de 2018 - Bruno Santos/Folhapress
Ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Júnior, na Rede Globo, em São Paulo, em foto de 2018 Imagem: Bruno Santos/Folhapress

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/06/2020 22h35

Comentarista do Grupo Globo, Walter Casagrande voltou a criticar o retorno do futebol carioca e afirmou - ironicamente - que os protocolos de saúde desenvolvidos pelos clubes e usados como argumento para defender este retorno são mágicos e deveriam ser encaminhados à Organização Mundial de Saúde (OMS) para ensinar a entidade.

"Cada dia surge uma coisa: ingresso por horário, protocolo. Tem uns protocolos mágicos que temos aqui, que os caras tem que levar lá para a Organização Mundial de Saúde porque lá eles ainda não conseguiram uma coisa definitiva que consiga combater a pandemia sem o isolamento social", declarou em participação no Troca de Passes, do SporTV, hoje.

O comentarista afirmou que não se surpreende mais com as pessoas que desde o início da pandemia estão lutando pela volta do futebol e que, na opinião de Casão, não têm empatia.

"Quando começou a pandemia, eu fiquei chocado com as pessoas que organizaram a volta aos jogos. Não acreditei no que estavam fazendo. Não entendi a pressa por isso em um país que já perdeu mais de 50 mil pessoas. Agora eu não estou mais chocado com eles. (...) Com quem organiza eu não quero nem mais conversar. Eles não têm argumento de nada, eles não têm nenhuma empatia e vão seguindo com isso", disparou.

Casagrande afirmou que está chocado com quem concorda com as atitudes pró-retorno do futebol. O ex-jogador acredita que estas pessoas são as mais perigosas agora.

"Quem me choca agora, é quem concorda com isso. (...) Agora meu foco é: como podem ter pessoas que concordam com uma coisa dessas. Eu falo no geral - na imprensa, internautas. Estou chocado com essas pessoas. Os perigosos agora são os que concordam com isso", completou Casão.