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Ex-vice do SPFC critica desorganização política e muda de lado em eleição

Opice Blum - Divulgação
Opice Blum Imagem: Divulgação

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

02/07/2020 04h00

Na última semana, José Roberto Ópice Blum entrou na lista de conselheiros que abriram mão de sua candidatura nas eleições do São Paulo. Depois de José Ferreira Alves e Homero Bellintani, foi a vez de o ex-vice de Juvenal Juvêncio desistir do pleito. Tal postura chamou a atenção. Em entrevista ao UOL Esporte, o ex-desembargador explicou a sua decisão e contou por que decidiu apoiar a chapa oponente — formada por Júlio Casares, para o executivo, e Olten Ayres de Abreu Júnior, para o deliberativo.

"Faltavam organização e comunicação nas ações deles. Soube por terceiros da intenção de colocarem o Marcelinho [Marcelo Marcucci Portugal Gouvêa] na chapa. Não tenho nada contra ele [Marcelinho], mas não compactuo com forma de conduzir tal situação. Quando decidi abrir mão de minha candidatura, ninguém veio falar comigo. Achei uma falta de respeito, até pela história que tenho no São Paulo", disse Blum.

Até o momento, Casares e Olten estão unidos na chapa chamada de coalizão. Do outro lado, Marco Aurélio Cunha, Sylvio de Barros e Roberto Natel despontam como principais nomes para o executivo. Já Marcelo Marcucci Portugal Gouvêa, que é filho do ex-mandatário Marcelo Portugal Gouvêa, deve ser o postulante ao Conselho Deliberativo após as saídas de Blum, Ferreira Alves e Homero. Neste mês, será realizada a convenção para definir a chapa.

"Decidi apoiar a chapa de Casares e Olten até pelo fato de os dois terem posições diferentes dentro do Conselho, mas por convergirem em favor do São Paulo. A primeira reunião entre os conselheiros para tentar discutir opções de mudança estatutária e de vigilância à gestão de Leco foi na minha casa. Meu trabalho e dedicação serão sempre em favor do melhor para o São Paulo", completou Blum.

Em contato com o UOL Esporte, Newton Ferreira, coordenador da chapa, explicou a sua visão para as saídas do ex-desembargador e de Homero.

"Um dos nossos princípios, desde o lançamento do movimento, em 11 de setembro do ano passado, foi a necessidade de fazermos uma convenção para a escolha ou homologação dos candidatos às presidências da diretoria e do Conselho Deliberativo. Todos os conselheiros que aderissem ao movimento teriam condições de se candidatar. Os conselheiros José Ópice Blum e Homero Bellintani, que têm em seus currículos relevantes serviços prestados ao São Paulo, se apresentaram como pré-candidatos. Posteriormente, soubemos que declinaram da candidatura pelas redes sociais. Entendemos que essa decisão é pessoal e de foro íntimo. O movimento que hoje evoluiu para a chapa Resgate Tricolor não alterou suas regras", disse Newton do Chapéu.

De acordo com o estatuto do São Paulo, apenas os integrantes do Conselho Deliberativo têm direito ao voto para o executivo. O atual presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não pode tentar a reeleição. Ele ficará no cargo até dezembro. Inicialmente, o pleito seria realizado em novembro, mas pode ser adiado devido à pandemia do novo coronavírus.

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